Baile Afro celebra a força da mulher negra com shows e roda de conversa

Grupo Raízes/Foto: Fabi Velôso
Grupo Raízes/Foto: Fabi Velôso

Um momento para dialogar e celebrar sobre a presença da mulher negra em espaços de poder e decisão. Esta é a proposta da edição de maio do Baile Afro, evento promovido pelo Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes neste sábado, 17, a partir das 19h.

Para esta ação, o Ateliê Multicultural Elioenai Gomes preparou uma programação gratuita com roda de conversa, cenografia feita pelo multiartista Elioenai Gomes e ainda shows com os grupos Ekun Dayó, formado exclusivamente por mulheres, Raízes e Coral ORIKIS.

Segundo Elioenai Gomes, esta programação tem um significado muito especial porque, além de colocar a mulher negra no centro do diálogo, acontece na semana da data da Abolição da Escravatura.

“Teremos uma oportunidade de refletir e desconstruir esse processo de abolição que ocorreu de forma abrupta, sem oferecer nenhuma perspectiva para a população negra e que nos traz consequências até os dias de hoje, quando ainda convivemos com o racismo estrutural e cenários de apagamento da história e contribuição das tradições negras para a formação da nossa cultura”, comentou.

Roda de Conversa

A programação começa às 19h com a roda de conversa ‘Mulheres negras ocupando espaço”, uma atividade formativa com a proposta de dialogar sobre os desafios das mulheres negras em espaços decisórios e de projeção. A ideia do momento é compartilhar visões, experiências e propostas afirmativas para a construção de ambientes mais propícios e acolhedores às mulheres negras.

A conversa vai reunir Tutu Carvalho, historiadora, coordenadora pedagógica do Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, cofundadora do Movimento Negro de João Pessoa e ativista no Movimento de Mulheres Negras da Paraíba; a atriz, apresentadora e escrevivente Norma Góes; a atriz e professora Fernanda Ferreira e Uliana Gomes, antropóloga, professora doutora e integrante do coletivo Abayomi.

Noite termina com música

Para encerrar a noite, o Baile Afro terá shows com artistas formados partir do trabalho de formação desenvolvido pelo Ateliê Multicultural Elioenai Gomes. O Grupo Ekun Dayó, essencialmente feminino, surgiu na pandemia com o intuito de se transformar tristeza em alegria e tem uma proposta musical que exalta Orixás e a Ancestralidade.

Grupo Ekun Dayó/Foto: Divulgação
Grupo Ekun Dayó/Foto: Divulgação

A programação ainda conta com o Coral ORIKIS, composto por jovens afro-indígenas e utiliza a música para cumprir um papel fundamental nos dias atuais: dar voz a grupos marginalizados para construir uma sociedade mais plural, equitativa e consciente de sua diversidade cultural. Para esta apresentação no Baile Afro, o Coral escolheu um repertório com músicas do cantor Escurinho.

Já o Grupo Raízes, que também foi criado a partir do trabalho de formação cultural do Ateliê, traz os ritmos que celebram as raízes da música afro-indígena brasileira, com muita percussão, canto, dança e capoeira. Em seu repertório, estão incluídos ijexá, samba de roda, coco, maculelê, perré, ciranda e performances artísticas que contemplam a arte afro-indígena.

O Baile Afro é uma das ações promovidas pelo Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes em 2025, que contam com recursos do Edital de Chamamento Público nº 60.011/2024 da Política Nacional de Fomento à Cultura Aldir Blanc (Lei nº 14.399/2022), por meio do Ministério da Cultura/Governo Federal e do Fundo Municipal de Cultura/Fundação Cultural de João Pessoa/Prefeitura Municipal de João Pessoa e com a produção executiva da associação Maracá Cidadania.

Serviço: Baile Afro

Quando: Sábado, 17 de Maio, às 19h

Local: Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes

Entrada: Gratuita

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