O estado da Bahia registrou um crescimento de 1,2% na produção industrial em janeiro frente ao mês de dezembro. O levantamento é do IBGE através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional).
No país, a pesquisa registrou uma queda de 2,4% da produção industrial no mesmo período. Dez dos 15 locais pesquisados também registraram números negativos.
O estado do Amazonas teve a maior queda, de 13,0%, no mês, mas o que mais influenciou o resultado geral da indústria foi o recuo da 10,7% em Minas Gerais. Esses são alguns resultados regionais que o IBGE divulga hoje (15).
“O Amazonas elimina quase toda a expansão verificada em dezembro, de 14,3%, sendo o recuo de 13,0% em janeiro o mais intenso na comparação mensal desde abril de 2020, quando o estado teve uma queda de 48,9%. O setor de bebidas, muito forte na indústria local, exerceu a principal influência negativa no resultado amazonense”, ressalta o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
Mas, no índice geral da indústria nacional, o Amazonas ficou em quarto lugar em termos de influência. O principal impacto veio de Minas Gerais (-10,7%), que também apontou sua queda mais elevada desde abril de 2020 (-15,3%) e interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, em que havia acumulado ganho de 7,5%.
“Nesse caso foi o setor extrativo que puxou o índice para baixo. O excesso de chuvas atrapalhou a operação de extração mineral, que é uma das principais atividades industriais do estado de Minas e também uma das principais do Pará, que que teve recuo de 9,8% e, inclusive, foi a segunda maior influência negativa no índice nacional”, explica Almeida.
O Pará registrou a segunda taxa negativa consecutiva (-2,6% em dezembro), acumulando perdas de 12,1% no período. Além da extração mineral, a produção local de alimentos vem pesando negativamente.
E a queda na produção de alimentos também teve impacto no Paraná (-5,1%), a terceira maior influência no índice nacional, bem como a de veículos. Após avançar 7,7% em dezembro, a indústria paranaense teve recuo de 5,1%, que foi o mais intenso desde junho de 2021, quando recuou 6,1%.
Mas a indústria paulista, quinta maior influência sobre índice nacional, também teve recuo, de 1,0%, sob o impacto da queda da produção de veículos automotores, bem como de máquinas e equipamentos.
“O setor de veículos ainda sofre com desabastecimento de insumos, encarecimento de matérias-primas e queda da demanda, devido à queda do poder aquisitivo da população. Contudo, cabe lembrar, também, que janeiro é um mês em que, normalmente, as indústrias do setor concedem férias coletivas a seus funcionários, contribuindo para o recuo nesse mês”, destaca Almeida.
Pernambuco (-5,0%) e Ceará (-3,8%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-2,4%). E Goiás (-1,7%), região Nordeste (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro.
Já na outra ponta, Mato Grosso (4,0%) e Espírito Santo (2,6%) mostraram os avanços mais elevados em janeiro frente a dezembro, com o primeiro marcando a quarta taxa positiva seguida e acumulando nesse período expansão de 37,6%; e o segundo registrando crescimento de 8,8% em dois meses consecutivos de expansão na produção. Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos do mês.