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Aura Minerals espera abrir caminho entre as grandes em ouro após aquisição no Nordeste

A Aura Minerals avalia que uma aquisição anunciada na véspera de um projeto de ouro no Nordeste poderá consolidar caminho para a companhia, que opera em outros países das Américas, passar a figurar entre as grandes produtoras globais do metal precioso.

O projeto Borborema no Rio Grande do Norte –adquirido após a compra de 100% da australiana Big River Gold, que terá capital fechado após a conclusão do acordo prevista para o segundo semestre– poderia ter construção iniciada no ano que vem.

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Mas essa decisão de iniciar as obras em 2023 será tomada na segunda parte de 2022, dependendo da situação da companhia, que tem outros projetos em andamento, “para que a gente possa continuar crescendo e mantendo um balanço saudável e pagando dividendos”, disse o CEO da companhia, Rodrigo Barbosa, à Reuters.

“Borborema já está licenciado e perto da construção, poderia iniciar a construção no ano que vem, e já colocaria a gente no caminho para atingir mais de 500 mil onças (ano, de produção de ouro), onde já começaríamos a ser identificados com uma ‘major'”, afirmou ele.

Com operação de ouro no Brasil, Honduras e México, a companhia elevou a extração de 200 mil onças em 2020 para 269 mil onças em 2021.

No Brasil, a companhia produz em Pontes e Lacerda (MT) e tem os projetos Almas, em construção em Tocantins, e Matupá (MT), com perspectiva de início de obras em 2023.

Almas deve começar a produzir no ano que vem, e Matupá, em 2024.

Segundo o executivo, a empresa vinha buscando uma oportunidade de aquisição desde 2020 e avaliou que a Big River Gold se encaixou na estratégia de crescimento, que inclui operar nas Américas e preferencialmente em países onde já atua.

Até 2024, a Aura tem a meta de dobrar de tamanho, atingindo 480 mil onças, segundo a companhia.

“Com esse projeto (Borborema), podemos alcançar números maiores em 2024 ou 2025, a decisão (das obras) vai ser tomada ao longo do segundo semestre deste ano”, disse ele, lembrando que o projeto já tem depósitos conhecidos e certificados.

Trata-se de um depósito de ouro a céu aberto em rocha. O minério é levado para uma unidade industrial e a extração do metal precioso é feita de forma mecanizada.

Segundo o executivo, embora a decisão de investimento em Borborema não dependa do mercado de ouro, há otimismo em relação ao preço do metal, que é influenciado por inflação e questões geopolíticas, muito presentes no mundo atualmente.

FONTE: REUTRES // TEXTO: Roberto Samora

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