Em tempos de Pandemia mundial, redução de voos e até fronteiras fechadas, a grande aposta na retomada é o turismo interno e regional.
Quem pode e deseja viajar neste momento de retomada, deve optar por um turismo mais próximo da sua residência para atender suas necessidades.
Uma das ações para intensificar essa tomada de decisão do viajante nacional foi a criação do Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” pelo Governo Federal. O programa apresenta as diretrizes voltadas para15 diferentes atividades do Cadastro Nacional do Turismo (Cadastur).
São protocolos criados em conjunto com a ANVISA e representantes dos segmentos, como forma de padronizar os protocolos necessários ao retorno da atividade de forma segura, mas também para estimular um sentimento de proteção e segurança nos turistas, bem como de chancelar profissionais e estabelecimentos turísticos, como hotéis e aeroportos, que se comprometam com protocolos de saúde, segurança e atendimento em suas operações.
Essa questão também não depende apenas dos gestores públicos, depende também do trade turístico. Cada um deve ter a responsabilidade e consciência de fazer a sua parte, para quando o turista chegar, essa sensação de segurança seja sentida e que a viagem se torne positiva na questão da segurança sanitária.
Fazendo um contraponto dessa situação, um estudo foi produzido pelo Profº Msc. Thyago Velozo de Albuquerque, do Departamento de Turismo e Hotelaria da UFPB e pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (NPDS – UFPB), no qual os dados de cadastramento no programa do Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” de todo o Brasil foram analisados, que observa o quão preocupado estão o Trade com toda essa situação.
Segundo análise do professor Thyago, “há uma adesão relativamente baixa aos protocolos de segurança instituídos pelo Selo, visto que dos 14.848 meios de hospedagens registrados no Cadastur no Brasil, apenas 3.172 aderiram ao selo, representando uma adesão de apenas 21%.”
Mesmo assim, o Nordeste se destaca nesse contexto, pois a adesão sobe para 27% de participação, e os três principais estados com mais empreendimentos turísticos já cadastrados no Mtur são: Alagoas 38%, Rio Grande do Norte 36% e Piauí também 36%.
Essa pouca procura e interesse de um segmento que depende muito da imagem, mostra que muitos estão deixando as responsabilidades para os gestores públicos, afinal, todos precisam ser responsáveis e buscar fazer sua parte.
FONTE: REDAÇÃO AGENCIA NE9