Da casa de farinha a itens cosméticos – contemplando a produção de cerveja, etanol automotivo e farmacêutico, iogurtes, tintas e inseticidas, os componentes da mandioca são aproveitados para variados fins devido ao teor de amido que integra sua composição. Um reflexo do potencial dessa cultura para a Paraíba está nos valores que o Banco do Nordeste operacionaliza para a atividade. De janeiro de 2020 a junho de 2021, o BNB somou R$ 2,9 milhões em crédito para o cultivo da mandioca no Estado. São operações de crédito com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) voltados à agricultura familiar, mas que também podem ser aplicados para a instalação de empresas e agroindústrias que se utilizam de componentes da mandioca para o desenvolvimento de produtos.
O Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandiocultura, que conta com a participação do Banco do Nordeste, destaca a versatilidade econômica da mandioca, que atualmente impulsiona atividades produtivas em 14 municípios paraibanos situados na Zona da Mata Norte, Brejo e Sertão. A Paraíba tem uma produção estimada em 1,5 milhão de toneladas de mandioca, em um ciclo de 12 a 15 meses, tempo de colheita da raiz.
“Estamos acompanhando as pesquisas desenvolvidas pela Universidade Federal da Paraíba e compartilhadas no APL, que evidenciam o potencial econômico da mandioca e damos suporte de crédito aos agricultores familiares. A nossa expectativa é de que essa cadeia se desenvolva e que cada vez mais o beneficiamento venha agregar valor à atividade”, ressalta o agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, José Sávio Vieira.
Recentemente, os municípios de Pilar, Rio Tinto, Jacaraú, Mamanguape, Areia, Mari, Santa Rita e Lucena adquiriram sementes de manivas melhoradas geneticamente pelo projeto Reniva (rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária), da Embrapa. A aquisição deve ampliar a produção da mandioca nas localidades e incentivar a qualificação da atividade.
Além do Banco do Nordeste, participam do APL da Mandiocultura a Universidade Federal da Paraíba, secretarias municipais de agricultura de 14 municípios, governo estadual, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
FONTE: ASSESSORIA BNB