O município de Araruna (PB), integrará a partir do dia (10) de julho, a Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, iniciativa de alcance nacional coordenada pela Associação Rede Brasileira de Trilhas, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Ministério do Turismo. Dessa forma, Araruna se tornará o primeiro município paraibano a fazer parte do Rede e um dos pioneiros na região Nordeste.
O planejamento da trilha está sendo desenvolvido por voluntários há pelo menos quatro anos. O grupo conta com o apoio da Secretaria municipal de Turismo, Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba (SETDE), associações rurais e Fórum de Turismo Seridó e Curimataú. O Caminhos das Ararunas terá aproximadamente 100 quilômetros de extensão, que vai desde a zona rural do município de Cuité, até o mirante Vale da Serra, em Araruna. A trilha perpassa por vales, cânions – como o cânion da Serra Verde, povoados, unidades de conservação, áreas de reserva legal e montanhas que chegam a 550 metros de altura.
O Caminhos das Ararunas poderá ser percorrido dentro do período de quatro dias, com paradas estratégicas para descanso e acampamento. Os aventureiros encontrarão ao longo do corredor de 100 quilômetros, ruínas históricas, sítios arqueológicos e grandes blocos rochosos, incluindo a Pedra da Caveira, Pedra do Chapéu, Pedra Olho D’água dos Índios e, claro, a imponente Pedra da Boca, principal cartão postal de Araruna e um ícone da paisagem natural da Paraíba.
Segundo a Gerente Executiva do Turismo do Estado da Paraíba, Alessandra Lontra, ” o Caminhos das Ararunas é o primeiro produto criado pela IGR Fórum de Turismo do Seridó e Curimataú, que segue as diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo (PRT), do MTur. A inclusão de Araruna na Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso é uma das maiores oportunidades que temos de tornar mais sustentável os atrativos naturais do território e posicionar os municípios envolvidos e a Paraíba no cenário nacional e internacional do Turismo de Aventura e do Ecoturismo, atraindo turistas qualificado, gerando renda e assim, movimentando a economia local.”
De acordo com o presidente do Fórum de Turismo Seridó e Curimataú, e coordenador do projeto, Ricardo Câmara, o objetivo se concentra em três eixos principais: “com a inserção de Araruna na Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, esperamos fomentar o turismo e, consequentemente, criar uma cultura de conservação da natureza, promover saúde e diversão, além de contribuir para a geração de emprego e renda, fortalecendo o turismo de base comunitária. Se conseguirmos equilibrar esses fatores, que são as diretrizes da Rede de Trilhas, o propósito do Caminhos das Ararunas estará sendo cumprido”.
A Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso
Criada em 2018, após uma portaria conjunta do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério do Turismo, a iniciativa ganhou força e atualmente conta com 3.500 quilômetros de trilhas implementadas em 22 Unidades Federativas.
Sinalização do “Caminho das Ararunas” – Imagem: Divulgação
Cada trilha possui uma identidade visual, formada por uma “pegada de bota” acrescida de elementos característicos da região. Esse desenho serve não só para caracterizar os diferentes projetos, bem como são usados para demarcar os corredores ecológicos. A pegada amarela representa o percurso mais leve, enquanto a pegada preta simboliza os trechos de maior dificuldade.
A Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso estabelece a classificação de trilha regional – como a Trilha Transcarioca e a Cora Coralina -, trilha nacional – a exemplo da Trilha Transmantiqueira-, e trilha internacional – como é o caso da Trans Cordillera Real, na Bolívia.
FONTE: Alessandra Lontra
Caminhos das Ararunas – Foto: Ricardo Câmara/Divulgação