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Alimentos que iriam para os EUA serão comprados para a merenda escolar

Em uma medida direcionada a amparar os produtores que iriam exportar para os Estados Unidos e ao mesmo tempo fortalecer a agricultura familiar e garantir a segurança alimentar dos brasileiros, o ministro do Desenvolvimento Agrário ...
Redação, da Agência NE9
21 de agosto de 2025 - às 09:11
Atualizado 21 de agosto de 2025 - às 09:11
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Em uma medida direcionada a amparar os produtores que iriam exportar para os Estados Unidos e ao mesmo tempo fortalecer a agricultura familiar e garantir a segurança alimentar dos brasileiros, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou nesta quarta-feira (20) a compra desses produtos para a merenda escolar.

De acordo com o ministro, os alimentos adquiridos terão um destino nobre e estratégico. Eles irão para:

  • Merenda escolar em todo o país
  • Alimentação das Forças Armadas
  • Hospitais públicos
  • Restaurantes universitários
  • Programas de aquisição de alimentos para populações em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar

“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos da alimentação escolar”, afirmou Teixeira, complementando que “isso vai representar uma alimentação escolar, por exemplo, com produtos da melhor qualidade”.

Proteção contra a perecibilidade e a exportação

O ministro explicou a lógica por trás da medida. Enquanto produtos como café e castanha-do-Brasil conseguem ser rapidamente redirecionamento para o mercado externo (como a Europa) em caso de necessidade, itens altamente perecíveis como açaí, mel, uva e peixes correm um risco maior de perda.

“Nós estamos regulamentando porque percebemos que alguns setores conseguem redirecionar rapidamente esses programas para outros países. No caso da carne, o produto pode ser estocado, congelado e redirecionado. No entanto, em relação a produtos perecíveis, eles deverão ser absorvidos nos programas nacionais”, argumentou.

Alimentos com preço justo

A operação será benéfica para ambos os lados. O governo se compromete a pagar pelo preço praticado no mercado interno, que é viável para os cofres públicos. “Certamente o governo não tem como pagar o preço em dólar, que é o preço de exportação. Mas tem como pagar o preço do mercado interno”, disse Teixeira.

Para os produtores, significa uma venda garantida, sem o risco de perder sua produção, e a manutenção da renda. O ministro ressaltou que a medida visa proteger os empreendedores diretos e toda a cadeia produtiva que depende dessas culturas, desde o pequeno agricultor até o distribuidor.