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Agricultura gera emprego e renda com apoio de políticas públicas do Governo de Sergipe

O trabalho dos agricultores é responsável pelo desenvolvimento da economia com projeção nacional e regional em vários cultivos, como milho, arroz, laranja, cana-de-açúcar e batata doce

Os primeiros raios de sol anunciam a jornada de trabalho dos agricultores. Arar a terra, semear, regar, acompanhar o cultivo de alimentos e colher fazem parte da rotina desses trabalhadores do campo. Nesta sexta-feira, 28, é celebrado o Dia do Agricultor e dados do Observatório de Sergipe revelam que o estado tem 93.275 estabelecimentos agropecuários, dos quais 72.060 são de agricultura familiar e 21.215 são de agricultura comercial.

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Pertencente ao setor primário da economia, a agricultura tem gerado emprego e renda no estado. Agricultora há mais de 40 anos, Janieide Santos aprendeu o ofício com seu pai. “Quando meu pai começou a trabalhar na agricultura, eu tinha uns 8 anos. Aprendi a amarrar tomate, plantar pimentão, colher também, limpar terreno, a fazer tudo. A rotina dessa época era encaixar as verduras, botar na carroça e colocar à venda na feira livre de Itabaiana”, relembrou. Hoje, de acordo com a agricultora, o processo de venda ficou mais fácil. “Agora, depois de a gente colher, tem os clientes certos e eles mesmo vêm pegar, levam para a cidade deles e distribuem a mercadoria. Para alguns a gente faz a entrega também”, explicou.

A rotina do produtor de hortaliças Sival de Josa da Verdura é bem parecida e, também, começa ainda cedo. A propriedade de Sival fica em Itabaiana, na região agreste do estado, e é gerida por ele, sua esposa e filhos. Um trabalho em equipe que tem gerado bons frutos. O leque de clientes de Sival está começando a se expandir e a sua plantação também. “Veja, esse espaço que temos aqui já está pequeno. Aos pouquinhos os clientes de fora estão aparecendo e estamos tendo que nos adequar aqui para atender e, assim, vamos crescendo também. Graças a Deus”, disse, ao apontar para uma estufa em construção num terreno ao lado. “Um cliente de Feira de Santana, na Bahia, vem pegar sementeira de tomate, pimentão, cheiro verde, maxixe…”, completou, animado.

Falando como gestor e produtor agrícola, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, afirma que está duplamente feliz em comemorar o Dia do Agricultor. “Esse profissional do campo está diretamente ligado à segurança alimentar da população e ao incremento da economia. Quem é do ramo sabe que a agricultura é uma atividade diária, incansável e gratificante por propiciar a produção do alimento que chega à mesa das pessoas”, analisou.

Fomento à agricultura

Em Sergipe, o trabalho dos agricultores é responsável pelo desenvolvimento da economia com projeção nacional e regional em vários cultivos, a exemplo do milho, arroz, laranja, cana-de-açúcar e batata doce. E o Governo de Sergipe tem feito a sua parte junto ao agricultor com vários incentivos, a exemplo da regularização fundiária, entrega de sementes certificadas para fortalecer a produção de grãos, águas e infraestrutura hídrica nos perímetros irrigados, assistência técnica, orientação fitossanitária, incentivos fiscais para a produção e comercialização, além da disponibilidade de crédito, por meio do Banese. São incentivos que têm chegado do pequeno ao grande agricultor.

“Observamos também evolução na capacidade produtiva e comercial do setor agrícola sergipano, que alcançou passos importantes, como agora em 2023, com a exportação do milho – com cerca de 50% das 60 toneladas exportadas originadas aqui mesmo de nosso estado, a farinha de mandioca seguindo para os Estados Unidos e as exportações do suco de laranja representando mais de 70% do valor total das exportações. Essa busca pela ampliação das fronteiras comerciais incentiva o agricultor a produzir mais com maior qualidade”, ressaltou.

Agricultores

Seguindo os passos dos pais e avô, Cleidiane Reis, que chegou a fazer sete períodos da faculdade de Engenharia Agrícola, acompanha todo processo entre plantio, adubação, colheita e venda dos produtos que sua família produz. “A gente trabalha com mudas e hortaliças. As mudas a gente faz e atende a população daqui, usamos também para plantar e depois já vender a alface pronto para consumo. a gente atende o pessoal da região, Areia Branca, Lagarto, Neópolis, além de vários povoados.

Ela conta que o objetivo agora é ampliar a produção para enviar, também, para a Bahia. isso porque muitos clientes do estado vizinho têm perguntado se eles fazem entrega da produção. “A gente ainda não tinha como, pois só tinha poucas estufas. Estamos construindo mais quatro estufas e daqui a uns dias teremos como abastecer outras regiões”, informou. As hortaliças da família de Cleidiane seguem um padrão de qualidade e para chegar a esse nível eles precisaram estudar uma fórmula do adubo utilizado para as mudas crescerem na ordem certa e seguir um padrão. “Esse é nosso diferencial, um segredinho nosso, um trabalho em equipe”, disse, com orgulho.

A agricultora Cristina Reis trabalha no campo há 32 anos e a sua função, entre tantas outras, é verificar diariamente a qualidade dos produtos plantados por sua família. “Tem que prestar atenção na alface, no coentro, no hortelã… para saber se tem alguma lagarta, molhar… tem que fazer isso todos os dias para manter a qualidade”, relatou sua rotina. Com o intuito de antecipar qualquer problema, a Emdagro entra na assistência no controle do manejo integrado das pragas e doenças.

Desde criança, o produtor de batata doce e macaxeira Gerivaldo de Brito foi criado na roça. O agricultor, além de seguir os passos de seu pai, também criou os seus filhos com a agricultura. José Carlos Santos Nascimento produz batata doce, amendoim e coentro e orgulha-se de seus produtos abastecerem a mesa de diversos sergipanos. Há 20 anos ele lida com a terra e divide a labuta com sua família. “Eu fico muito satisfeito de estar produzindo não só para mim como para as outras pessoas também. O que eu produzo aqui vai para São Paulo, Bahia e Alagoas”, disse.

Assistência ao trabalhador do campo

Prestando toda assistência aos homens e mulheres do campo, o Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), promove reuniões, cursos e palestras aos agricultores cadastrados. De acordo com o extensionista da Emdagro Agenor Antonio do Nascimento, a empresa do estado presta assessoria técnica ao agricultor, por meio de um trabalho de convivência com esses trabalhadores, que garante informações sobre segurança alimentar, além da agroecologia.

De acordo com Agenor, por intermédio de um planejamento, equipes da Emdagro usa a metodologia de extensão rural para escutar o produtor, saber qual sua demanda. “Com esse contato, podemos auxiliar o agricultor com a análise de solo, escalonamento de produção ou ainda auxílio para crédito rural, cadastro nacional de agricultura familiar – que é um documento que é um passaporte para ele acessar as políticas públicas, empréstimo em banco ou ainda aposentadoria. Se o campo vai bem, a cidade vai bem”, analisou.

O técnico agrícola responsável pelo perímetro Jacarecica I, em Itabaiana, Simião Santana, informou que a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) dá apoio aos irrigantes fazendo visitas aos proprietários orientando nos plantios e na comercialização durante o ano inteiro, principalmente no verão. “Aqui, em Itabaiana, no inverno trabalhamos mais com a cultura do milho porque os lotes encharcam no período de inverno por causa das chuvas”, explicou.

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