Uma notícia que vai mudar a paisagem de um dos cartões-postais mais amados de Fortaleza! Chegou ao fim, após 20 anos de disputas judiciais, o impasse envolvendo as famosas barracas da Praia do Futuro. Um acordo histórico, fechado na última terça-feira (25), põe fim a uma batalha que começou em 2005 e abre um novo capítulo de organização e desenvolvimento para a orla.
A princípio, a solução foi construída em conjunto por todos os envolvidos: União, Estado, Município, Ministério Público Federal e os próprios empresários. Após longas negociações, chegou-se a um consenso que permite que as barracas permaneçam no local, mas seguindo novas regras claras e modernas.
O Que Muda na Prática?
Ao mesmo tempo, a grande novidade é a padronização. Para organizar o visual da praia e garantir justiça entre os comerciantes, as barracas deverão se enquadrar em um dos três tamanhos definidos. A tabela abaixo resume as novas regras:
| Item | Nova Regra |
|---|---|
| Padronização | Três tamanhos únicos permitidos |
| Tamanho Pequeno | 500 m² (equivalente a cerca de 5 lotes de terra juntos) |
| Tamanho Médio | 1.000 m² |
| Tamanho Grande | 1.500 m² (tamanho máximo) |
| Estruturas | Proibição de construir além da área delimitada |
| Áreas de Lazer | Readequação dos parques aquáticos |
| Área de Atendimento | Sem mesas e cadeiras fixas na areia |

Uma Vitória para Todos
Este acordo é uma conquista para toda a cidade. Para os empresários, traz a segurança jurídica que faltava para investir e melhorar seus negócios. Para o poder público, permite realizar um sonho antigo: a reurbanização completa de um trecho da orla que vai da Rua Ismael Pordeus até o Caça e Pesca.
A Praia do Futuro vai passar por uma transformação nos moldes do que foi feito na nova Beira-Mar. Haverá um concurso público para escolher o melhor projeto urbanístico, que incluirá a instalação de equipamentos públicos, policiamento fixo e melhorias na infraestrutura. O objetivo é criar um espaço plural, acessível e seguro para moradores, turistas e trabalhadores.
Do Conflito à Conquista
O impasse começou em 2005, quando a Justiça Federal determinou a retirada de todas as estruturas por serem uma ocupação irregular em área da União. Desse modo, esse conflito travou investimentos e deixou todos em uma situação de insegurança.
Agora, com o diálogo, foi possível encontrar um caminho que equilibra o uso comercial, a preservação ambiental e o respeito ao patrimônio público. O fim deste longo capítulo não só resolve um problema local, mas também serve como um exemplo positivo de que é possível solucionar conflitos complexos por meio da negociação, inspirando outras cidades litorâneas do Brasil.
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