A Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Piauí tem o propósito de converter a Estação Ferroviária de Teresina em um extenso complexo cultural. A superintendente local, Teresinha Ferreira, informou que essa iniciativa já foi apresentada ao presidente nacional do Iphan, Leandro Grass, e à ministra da Cultura, Margareth Menezes.
O edifício da antiga estação está passando por um processo de restauração conduzido pelo Iphan, com previsão de conclusão em maio de 2024. A reinauguração está agendada para agosto, coincidindo com as celebrações dos 172 anos de Teresina.
O custo total da restauração do prédio ultrapassa os R$ 11,2 milhões, provenientes de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) estabelecido com uma empresa autuada pelo Iphan por danificar sítios arqueológicos no Sul do Estado.
O planejado complexo cultural abrangerá toda a área circundante à Estação Ferroviária de Teresina. Teresinha Ferreira ressaltou que contatos formais já foram estabelecidos com a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em busca de apoio para a criação desse Complexo Cultural da Estação. Ambas as instituições possuem programas de incentivo e patrocínio de projetos culturais.
LEIA TAMBÉM:
– Tesouro turístico do Nordeste ganha novas dimensões; conheça
– Estados do Nordeste estão no pódio da gestão fiscal no país
– Nordeste desbanca o Sul como região que mais gera emprego
– Cinco personalidades do Nordeste para inspirar você em 2024
Quanto à história da estação, prestes a completar 100 anos, o prédio é considerado um dos mais notáveis da cidade. Iniciou sua construção em 1922 e foi inaugurado em 1926, apresentando uma arquitetura eclética, adornada com madeira lavrada, telhado em duas águas e cobertura de telhas tipo marselha. A fachada exibe o ano de inauguração (1926) e o nome da cidade, que na época era grafado como “Theresina”.
Segundo especialistas do Iphan, a antiga estação e seu entorno desempenham um papel significativo na compreensão da urbanização da cidade. Em 2013, o conjunto foi tombado pelo Iphan, tornando-se um patrimônio histórico, econômico, cultural e social do Piauí e do Brasil.