O último dia de evento foi marcado pela entrega do Prêmio Eric Valdo; Secretário de Estado da Comunicação, Enio Lins, foi um dos agraciados
mês de outubro foi muito especial para a comunidade artística alagoana. Realizada entre os dias 10 e 24, a 17° Mostra Alagoana de Dança trouxe ao palco mais de 400 dançarinos, numa iniciativa do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Produtora Sururu de Capote. A proposta pretende estimular a prática da dança em seus diversos estilos e ritmos em nosso Estado. Ao reunir criadores e comunidade, o objetivo do evento é dar visibilidade aos artistas e proporcionar ao público o melhor da dança em Alagoas.
Neste ano, as cidades de Arapiraca, Piaçabuçu, Piranhas e Maceió sediaram a Mostra . “A Mostra é o maior e mais democrático evento de dança de Alagoas. Nosso objetivo é apresentar um panorama do que acontece atualmente no segmento da dança em Alagoas. Artistas de vários municípios alagoanos trocam experiências e têm a oportunidade de mostrar seus trabalhos para a população”, disse a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.
As apresentações contaram com grupos de dança de estilos diversos, que mostraram suas habilidades ao som do balé clássico e moderno, dança regional, street dance, jazz, dança cigana, afro, femme style, hip hop, dança do ventre, dança urbana, contemporâneo, xaxado, flamenco, dança de salão e neoclássico. “Significou muito para os artistas desse segmento e para os apreciadores das artes em Alagoas e da dança. O momento foi de extrema importância para todos, considerado até um marco: uma volta aos palcos com a possibilidade de receber certa quantidade de plateia”, destacou Karina Padilha, curadora da Mostra.
A Mostra de Dança também promove interação com o público e atividades com oficinas gratuitas, além de convidar a comunidade a praticar a arte de se expressar por meio de movimentos do corpo, incentivando e demonstrando como a dança é inclusiva, e como pode ser gratificante aprender hábitos que mantém a mente e o corpo saudáveis.
Após o difícil período da pandemia de Covid-19, a volta da Mostra Alagoana de Dança em 2021 trouxe a esperança de apresentar novamente a arte produzida no estado. Ainda sob medidas de segurança e em locais abertos, foi possível assistir ao retorno das atividades presenciais da melhor forma: prestigiando os artistas locais.
“A mostra de dança foi um sucesso. A noite do último domingo no Teatro Deodoro encerrou com chave de ouro e mostrou o que temos de melhor da dança alagoana. Ficamos muito agradecidos com a presença de todos e com a participação dos dançarinos. Estamos entusiasmados para a próxima edição de 2022”, disse Teresa Machado, Superintendente de Difusão e Formação Cultural da Secult.
A Secult exibe ainda, neste domingo, a partir das 19h, um especial com os melhores momentos e melhores apresentações dos municípios que receberam o evento. A transmissão acontece no canal do YouTube da Secretaria.
No último dia de espetáculos, ao final das apresentações, ocorreu também a entrega do prêmio Eric Valdo, no Teatro Deodoro. Todos os anos a Mostra de Dança Alagoana presta homenagem ao primeiro bailarino alagoano de destaque, entregando o prêmio que leva seu nome aos ganhadores das etapas da competição. Ao todo, seis artistas ganhadores puderam subir ao palco para receber suas premiações.
Confira uma síntese da trajetória dos ganhadores do prêmio Eric Valdo da edição de 2021:
Bábara Samille Lins
Iniciou seus estudos de dança em 1998 no Ballet Eliana Cavalcanti, onde atuou como professora no período entre 2007 e 2015. Em 2013, teve a primeira experiência internacional no Ballet Chicago, mas só em 2017 deixou o Brasil para iniciar carreira internacional. Nos EUA, deu andamento aos estudos no Joffrey Ballet School em Nova York e hoje em dia atua no exterior como professora de dança e bailarina em vários espetáculos mundo afora.
Enio Lins de Oliveira
Nascido em Maceió, o atual secretário de Estado da Comunicação de Alagoas tem um currículo amplo e transversal. Jornalista na Tribuna de Alagoas no ano de 1979 e na Gazeta de Alagoas em 1996, atuou como editor-adjunto, onde escrevia página diária sobre cultura. Foi vereador por Maceió em 1988, primeiro Secretário de Cultura do Município de Maceió (1993-1994) e Secretário Estadual da Cultura (1995-1996) de Alagoas. Viu nascer a Mostra Alagoana de Dança em 2000, presenteando este movimento com a famosa “logo do pezinho”.
Maria Gabriela Barbosa Amorim
Primeira e única bailarina cadeirante do Estado de Alagoas. Gabriela Amorim é de Maceió e nasceu com má formação na coluna, o que a tornou paraplégica. Entretanto, nada a impediu de realizar seu sonho de dançar balé. Aos 9 anos de idade iniciou seus estudos de dança na Jeane Rocha Academia de Dança, e desde então leva sua arte para diversos municípios de Alagoas e para capitais como: Recife, Belém, Fortaleza e Aracaju. Gabi pretende ser inspiração para outras mulheres. “Ser paraplégica não me impediu de realizar o sonho de me tornar bailarina”, disse ela.
Mª Cleane Barbosa Pereira e Everton Rodrigo de Jesus Ferreira
Iniciaram sua trajetória na dança juntos como coreógrafos na cidade de Arapiraca. Incansavelmente vêm se aperfeiçoando na dança e fazendo oficinas em diferentes modalidades, como ballet clássico, contemporâneo, dança de salão, danças urbanas e dança de salão. Em 2010, fundaram o grupo de Street Dance Unidade Zero, formado por adolescentes que permanecem até hoje. Em 2016, abriram a Escola de Ballet Sonho de Marie, com a missão de levar conhecimento dessa arte e oportunizar realizações de sonhos.
Rafael do Nascimento Santos
Natural da cidade de São Miguel dos Campos, conhecido como Rafael Sart ou Rafael Sanambys desenvolve um trabalho artístico de pesquisa e investigação sobre resquícios históricos da cultura popular alagoana e nordestina. É produtor cultural, diretor artístico, dançarino, coreógrafo, músico, desenhista, grafiteiro e escultor. Fundador da Sanambys Produções, coordenador e diretor do Grupo de Performance e Danças SANAMBYS SM Nation, foi selecionado para a Mostra Alagoana de Dança por quatro anos consecutivos com as obras: Corpóreas, Alma Não Tem Cor, Lágrima da Seca e com o espetáculo Sangue de Chão.
Ana Cristina Mendonça
Dançarina e coreógrafa há mais de 20 anos, trabalha com eventos escolares em grupos de dança de estilos diferentes como jazz, street dance, contemporâneo, zouk dance, entre outros. Fez curso técnico de dança na Ufal, e é produtora do evento “Área Zouk Maceió” desde a sua criação em 2012, realizada por ela junto ao Studio Jayson França. É engajada em vários projetos culturais, como na produção do Congresso de Dança de Salão “Maceió Dança Mais”, e do grupo Z e S Project, projeto que mistura zouk e street dance, com participação especial na Mostra “Congresso Elas Dançam”, do Studio Jayson França. Participa da Mostra Alagoana desde 2011, trazendo grupos e parcerias de estilos mais variados. Estreou seu 1º espetáculo autoral intitulado “SENTI(r)” em março de 2017. Em 2019, realizou seu 2º trabalho espetáculo “Zoulable”.
FONTE: SECOM AL / TEXTO: Camylla Thomasia Ferreira