A carne bovina é um dos alimentos mais apreciados pelos brasileiros, mas também um dos mais caros. Por isso, muita gente ficou feliz em saber que o preço da carne desabou nos últimos meses, registrando a maior queda em cinco anos. Segundo a Fipe, de janeiro a julho deste ano a proteína bovina já caiu 9,36%, acumulando a maior redução desde 2018.
Mas o que explica essa queda no preço da carne? E como isso afeta o consumo dos brasileiros? Neste post, vamos tentar responder essas perguntas e mostrar como o mercado da carne bovina está se comportando em 2023.
Existem vários fatores que influenciam o preço da carne bovina, como a oferta e a demanda, os custos de produção, os impostos, o câmbio, o clima, as exportações e as importações. Em 2023, alguns desses fatores contribuíram para a queda no preço da carne, como:
A queda no preço da carne bovina não foi uniforme para todos os cortes. Alguns ficaram mais baratos do que outros, dependendo da preferência dos consumidores e do mercado externo. Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os cortes que mais diminuíram de preço no acumulado deste ano foram:
Esses cortes são considerados nobres e têm uma maior demanda no mercado interno. Por isso, eles foram mais afetados pela redução do consumo das famílias brasileiras. Já os cortes mais populares e usados no churrasco, como a costela e a maminha, não tiveram uma queda tão expressiva de preço.
Apesar da queda no preço da carne bovina, o consumo per capita dessa proteína ainda não
voltou aos níveis pré-pandemia. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a disponibilidade per capita da proteína bovina deve chegar a 30,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda. A alta, de 8,1% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia.
No entanto, esse aumento no consumo não significa que os brasileiros estão comendo mais carne bovina. Na verdade, eles estão aproveitando a queda no preço para comprar cortes mais nobres e de melhor qualidade. Ou seja, eles estão trocando quantidade por qualidade.
Além disso, o consumo de carne bovina ainda é menor do que o de outras proteínas animais, como a carne suína e a de frango. Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, o consumo per capita atingirá 100,2 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.
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