A rede estadual de ensino da Bahia está passando por uma revolução tecnológica. O Governo do Estado iniciou a instalação de 180 laboratórios maker em escolas públicas, com o objetivo de fortalecer a educação científica e fomentar a cultura da inovação entre os jovens.
A primeira unidade foi entregue no Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação (CEEINFOR) Mãe Stella, localizado no bairro do Cabula, em Salvador. A inauguração contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e de secretários estaduais.
Essa ação integra o programa Mais Ciência na Escola, realizado em parceria entre a Secretaria da Educação (SEC), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
| Item | Detalhes |
|---|---|
| Número de laboratórios | 180 unidades |
| Primeira escola atendida | CEEINFOR Mãe Stella, Salvador |
| Investimento total | R$ 21 milhões |
| Investimento do MCTI | R$ 18 milhões |
| Recursos para 1º laboratório | R$ 100 mil (via Fiocruz) |
| Equipamentos | Impressoras 3D, tablets, notebooks, kits de robótica, computadores |
| Complementos do programa | Bolsas de incentivo, formações pedagógicas, feiras e olimpíadas científicas |
Um laboratório maker é um espaço equipado com ferramentas tecnológicas e materiais diversos, onde os estudantes podem criar, testar e desenvolver projetos na prática. Inspirado na cultura do "faça você mesmo" (do inglês do it yourself), o laboratório promove o aprendizado por experimentação, integrando teoria e prática.
Prototipagem com impressoras 3D
Desenvolvimento de soluções tecnológicas, como robôs e sensores
Estimulação da criatividade e do empreendedorismo
Aprendizado colaborativo, com foco na resolução de problemas reais
Criação de startups escolares, com apoio técnico e jurídico da Secti
Com essa estrutura, os alunos não apenas aprendem conteúdos técnicos, mas também desenvolvem competências essenciais para o mercado de trabalho da Indústria 4.0, como pensamento crítico, trabalho em equipe e inovação.
O estudante Gabriel dos Santos, do 3º ano técnico em informática, destacou os impactos positivos do novo ambiente de aprendizado. Ele desenvolveu um protótipo de detector de gás voltado para indústrias e laboratórios. “Ter acesso aos componentes e aos computadores foi essencial. Sem esse suporte, nosso projeto não teria saído do papel”, afirmou.
Durante a visita, o governador Jerônimo Rodrigues ressaltou o protagonismo dos jovens. “Nossos meninos e meninas estão reconstruindo a ciência com criatividade. O que antes era teoria agora vira prática em nossas escolas”, disse.
A implantação dos laboratórios faz parte de um conjunto de políticas públicas ancoradas na recém-sancionada Lei PopCiência Bahia, que institui uma política permanente de estímulo à ciência, tecnologia e inovação nas escolas públicas estaduais.
De acordo com o secretário estadual de CT&I, André Joazeiro, os estudantes poderão:
Patentar suas ideias
Receber formação e mentorias
Criar startups escolares
Ter seus projetos acelerados e financiados via o programa Inovatec
“O Governo será o investidor inicial dessas ideias, oferecendo suporte técnico e financeiro para que os jovens tirem seus projetos do papel e levem adiante”, destacou Joazeiro.
Portanto, com a implantação dos laboratórios maker, a Bahia se posiciona como referência nacional em inovação educacional. Assim, a integração entre tecnologia, ciência e empreendedorismo nas escolas públicas é uma aposta concreta para formar as novas gerações de cientistas, programadores, engenheiros e empreendedores do Brasil.
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