Artesãos do Nordeste são destaque na Bienal Révélations, em Paris

A Bienal Internacional Révélations, um dos principais eventos de artes plásticas e design artesanal do mundo, foi oficialmente aberta nesta quarta-feira (21) no Grand Palais Éphémère, em Paris. A edição de 2025 conta com mais de 300 artistas de diversos países, incluindo a participação especial de artesãos brasileiros dos estados da Paraíba, Ceará e Pernambuco.

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Entre os representantes do Brasil estão os paraibanos Sérgio Teófilo e Chico Ferreira, os cearenses Armênia Rocha e Rodrigo Tremembé, além dos pernambucanos Diogum e Fernando Ancil. Cada artista expõe duas peças autorais. Desse modo, evidenciando técnicas, materiais e expressões culturais únicas da região Nordeste.

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Paraíba lidera articulação da presença nordestina em Paris

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A princípio, a presença nordestina na capital francesa foi viabilizada por uma iniciativa do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-PB), com apoio do Consórcio Nordeste e da Embaixada do Brasil na França.

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Segundo Pedro Santos, secretário de Cultura da Paraíba, a participação na bienal é uma estratégia para internacionalizar o artesanato nordestino e promover o intercâmbio cultural. “Aproveitamos a Temporada Cultural Brasil-França 2025 para garantir que nossos artesãos participem desse momento de valorização e visibilidade internacional”, afirmou.

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Reconhecimento diplomático e apoio à internacionalização

O estande da Paraíba recebeu a visita do embaixador Ricardo Neiva Tavares, que destacou a qualidade técnica e expressiva do artesanato nordestino. Ele parabenizou os artistas e reforçou o compromisso de abrir novas oportunidades culturais para o Brasil no exterior.

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Também esteve presente o ministro-conselheiro Caio Renault, da Embaixada do Brasil na França, que ressaltou o papel estratégico da diversidade cultural:

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“É essencial que o Brasil seja percebido por suas múltiplas identidades. A presença da Paraíba, Ceará e Pernambuco na Bienal é fundamental para isso.”

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A comitiva paraibana também manteve diálogo com Rose Martins, secretária-geral da Câmara do Comércio do Brasil na França, que prometeu oferecer cursos de capacitação sobre exportação de peças de arte e artesanato, a fim de preparar os artesãos para novos mercados.

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Arte e tradição

A região Nordeste estará representada pelos artesãos cearenses Armênia Rocha e Rodrigo Tremembé, pelos paraibanos Sérgio Teófilo e Chico Ferreira, e pelos pernambucanos Diogum e Fernando Ancil.

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A designer Armênia Rocha (@alumiardesign), da Alumiar Design, irá apresentar suas luminárias únicas e exclusivas, feitas com materiais naturais e inspiradas no folclore brasileiro e na ancestralidade indígena. O estilista indígena Rodrigo Tremembé (@rodrigo_tremembe), da Tremembé, levará à Paris suas criações que unem a ancestralidade e a resistência à moda.

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O artista plástico quilombola Sérgio Teófilo (@teofilo_sergio), mostrará toda sua herança afrodescendente e a cultura de sua comunidade através de suas esculturas em madeira imburana inspiradas na fauna da caatinga. O artista plástico Chico Ferreira irá apresentar suas obras de arte em cerâmica, inspiradas na fauna, na flora e em suas raízes culturais sertanejas.

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O artesão Diogum (@diogumluz.art) levará para Paris suas esculturas forjadas em ferro e inspiradas em sua ancestralidade, vida e cultura. Suas peças transformam esse material pesado e símbolo da industrialização e das correntes da escravidão, em obras leves que buscam ressignificar o universo opressor para um universo libertário. E o artista visual e artesão Fernando Ancil (@marcenariaolinda), da Marcenaria Olinda, irá apresentar na Bienal as criações feitas exclusivamente a partir do reaproveitamento de madeiras e idealizadas em sua oficina que abriga projetos de pesquisa e de formação junto a assentamentos rurais, escolas, grupos culturais, povos indígenas e comunidades tradicionais.

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“Este será um momento especial. Nossos artistas terão a oportunidade de trocar experiências com 27 nacionalidades, trocar contatos e criar redes de contatos. Além de mostrar nossa cultura e dar mais um passo na internacionalização da nossa arte”, completa Pedro Santos.

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A Bienal Révélations irá acontecer no Grand Palais, em Paris, e os artistas nordestinos ocuparão o salão “La Banquet”, espaço reservado a peças de artesanato. O encontro compõe as atividades do Ano Cultural Brasil-França 2025, em que se comemora os 200 anos de relações bilaterais entre os países.

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Evento segue até domingo, no Grand Palais Éphémère

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A Bienal Révélations continua até o domingo (25) e conta com o apoio do Ateliê de Arte da França, organizador oficial, além do Consulado da França em Recife. A participação brasileira reforça o compromisso de ampliar o alcance do artesanato tradicional e contemporâneo do país no cenário internacional.

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Artesanato do Nordeste: diversidade, tradição e inovação

Ao mesmo tempo, o Nordeste brasileiro é um celeiro de expressões artesanais ricas em história, técnicas manuais e identidade cultural. Assim, cada estado da região se destaca por estilos e materiais únicos que encantam tanto o público local quanto internacional.

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Confira abaixo alguns dos principais estilos de artesanato presentes nos estados nordestinos:

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EstadoTécnicas e Estilos Típicos
ParaíbaRenda renascença (Monteiro), cerâmica figurativa (Sérgio Teófilo), xilogravura, labirinto
CearáBordado de bilro (Trairi e Aquiraz), escultura em madeira (santaria), cerâmica utilitária
PernambucoCerâmica de Caruaru (influência de Mestre Vitalino), mamulengo, marchetaria, gravura popular
BahiaCerâmica do Recôncavo, renda filé, trançados afro-brasileiros, arte sacra
AlagoasFilé alagoano, bordado à mão, cerâmica de Capela, esculturas em palito de fósforo
SergipeCestaria de palha, esculturas de barro, bordado richelieu
Rio Grande do NorteCerâmica de São Gonçalo do Amarante, bordado de Caicó, arte em areia colorida de Tibau do Sul
MaranhãoCerâmica indígena, azulejaria portuguesa artesanal, bordados e tecelagem
PiauíTecelagem artesanal (mantas e redes), cerâmica de Pedro II, arte com sementes e palha
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Cultura que atravessa fronteiras

Em suma, a participação nordestina na Bienal Révélations mostra como o artesanato regional é mais do que expressão cultural — é também potencial de exportação, turismo e inovação. Portanto, ao ocupar espaços internacionais, os artesãos do Nordeste reafirmam que a arte feita à mão é um patrimônio vivo e pulsante do Brasil.

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