Segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 75,2 mil pontos de venda foram perdidos devido à instabilidade causada por medidas de emergência que foram necessárias para conter o avanço da propagação do vírus da COVID-19. De acordo com o economista Fabio Bentes, o impacto só não foi maior na economia do Brasil por conta do auxílio emergencial, que foi criado com o objetivo de diminuir as consequências da crise causada pelo novo coronavírus. O valor começou a ser distribuído em abril e terminou em dezembro, com quatro parcelas de R$ 300,00 e cinco de R$ 600,00. O auxílio emergencial beneficiou cerca de 687 milhões de pessoas de baixa renda, assim como trabalhadores informais.
Logo, devido à limitação de pessoas circulando nas ruas, as vendas on-line se tornaram uma solução mais prática e eficiente. De acordo com uma enquete realizada pelo Procon Estadual da Paraíba, com o objetivo de entender o perfil do consumidor nas compras on-line durante a pandemia, 73,7% dos consumidores relataram que aumentaram as compras realizadas pela internet. Além do consumo, a satisfação também mostrou um saldo positivo: 73,02% relataram estarem satisfeitos com suas compras realizadas virtualmente. Esta pesquisa foi realizada do dia 08 a 15 de julho de 2021, sendo que os participantes responderam a 13 perguntas em um formulário on-line. De acordo com esta mesma pesquisa, o frete é um dos fatores decisivos na hora de finalizar a compra. Dentre os participantes, 90,86% disseram desistir de adquirir um produto por conta do valor do frete.
Enfim, o novo cenário brasileiro ocasionado pela pandemia fez com que os brasileiros mudassem os hábitos, passando a utilizar cada vez mais canais virtuais para realizar compras. Por isso, o aumento das vendas on-line. Segundo dados da Associação Brasileira Online to Offline, o comércio eletrônico apresentou um aumento de 47% em seu faturamento no decorrer do ano de 2020. Por conseguinte, o número de lojas virtuais teve um aumento de 300%. Essa crescente popularidade fez com que lojistas e outros empreendedores colocassem seus negócios na internet. Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), uma estimativa de 150 mil lojas virtuais novas no mercado foram abertas. Dentro dessas novas empresas, estão as que migraram a sua operação para a modalidade digital. Muitos desses novos empreendimentos, cerca de 80%, decidiram vender em plataformas de Marketplace, como Mercado Livre e Amazon. Pela diversidade de público, alcance de clientes, volume de dados e outros.
Assim como novas empresas surgiram no mercado digital, as que já ocupavam grande parte deste mercado obtiveram lucros ainda maiores. Com um salto de 121% no crescimento do comércio eletrônico, a empresa Magazine Luiza teve um aumento em seu lucro de 40% no quarto trimestre. Tendo um crescimento total nas vendas de 66%, aumentando seu leque de investimentos. Incluindo cursos profissionalizantes, startups com relação ao comércio eletrônico e outros.
Outra empresa que ganhou notoriedade durante a pandemia foi o aplicativo de delivery iFood, que já bateu a marca de 39 milhões de entregas em junho deste ano. Esse aumento se deve ao fechamento de restaurantes, assim como a constrição da população em sair de casa. De acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), uma estimativa de 12 mil lanchonetes, bares e restaurantes fecharam na cidade de São Paulo. De acordo com a empresa especializada em delivery, 212 mil restaurantes eram associados à empresa em junho, representando uma diferença de 32% em março, se comparado a junho do ano anterior.
Mais uma marca que obteve grandes resultados durante a pandemia foi o Mercado Livre, que divulgou ter atingido a marca de 76,1 milhões de usuários ativos, portanto, um aumento de 92,2%. O e-commerce teve um faturamento de US$ 1,116 bilhões no terceiro trimestre de 2020, revelando um aumento de 85%. Dentre essas empresas, outros nomes também ganharam destaque. Como a Amazon que trabalha com 19 categorias abertas para vendas, Click Sophia, especializada em moda íntima, 3M, maior fabricante de máscaras N95 do mundo, dentre outras.
Por fim, as vendas on-line ganharam ainda mais espaço no mercado durante a pandemia. Atendendo às novas necessidades dos consumidores.
FONTE: ASSESSORIA