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Turismo do Nordeste conta a história do Brasil através de destinos e cartões postais

O Nordeste é o ponto de partida do Brasil. Aqui o país começou, as paisagens encantaram a todos e toda a história desse país passa pela região. Não é à tôa que é possível contar um pouco dos nossos 500 anos através de destinos turísticos da região.

Confira abaixo a matéria do Ministério do Turismo sobre assunto.

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Em 1500 os portugueses chegaram em terras brasileiras, conhecendo um novo continente e seus habitantes nativos que aqui já residiam, os povos tupiniquins. De lá para cá, 522 anos se passaram e a história da mistura de culturas deixou um legado para a atualidade.

A costa litorânea do Nordeste foi a porção de terra avistada pelos viajantes que chegavam e as primeiras cidades que marcaram esse encontro e seus desdobramentos também se situavam no Nordeste. Hoje, elas são importantes centros urbanos que fomentam o turismo por meio da cultura e das tradições históricas, gerando emprego e renda ao país.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) delimita 88 conjuntos urbanos tombados em 22 estados e no Distrito Federal que são protegidos e reconhecidos como a base do Patrimônio Cultural Brasileiro. No Nordeste, 31 cidades abarcam esses conjuntos e mantêm os traços da preservação de expressões próprias de cada período. São lugares considerados especiais e que levam a vários momentos históricos pelos quais o Brasil passou. Para conhecer todos eles, CLIQUE AQUI.

TERRA À VISTA – Voltando às origens da nação, tudo começou no mar de Porto Seguro, litoral sul da Bahia, onde os portugueses e os tupiniquins tiveram o primeiro contato. Desde então, Porto Seguro se tornou símbolo da origem da nação brasileira. Dividida entre Cidade Alta e Cidade Baixa, o município possui traços artísticos, arquitetônicos e urbanísticos da época colonial.

A área da cidade é tombada e dois monumentos (um natural e outro edificado) sintetizam a importância histórica: o Monte Pascoal, com 536 metros de altitude, primeiro local avistado pelos portugueses; e o Marco do Descobrimento, erguido na Cidade Alta, onde foram esculpidas as Armas de Portugal e a Cruz de Cristo.

Hoje, o turista pode conhecer o Centro Histórico e mergulhar nas origens do Brasil. Sem contar, ainda, no mergulho no mar da região, que possui praias paradisíacas e natureza exuberante.

A PRIMEIRA CAPITAL – Na Bahia, também está um dos mais importantes exemplares do urbanismo português: Salvador. A primeira capital do Brasil tem um centro histórico que foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade em 1985. Sua fundação e povoamento envolveu centenas de artesãos, voluntários, marinheiros, condenados, soldados e sacerdotes trazidos de Portugal. Dominando a Baía de Todos os Santos, a “cidade fortaleza”, como era conhecida, defendia um ponto estratégico da costa brasileira e era passagem obrigatória das embarcações vindas da África e da Ásia.

Salvador foi se desenvolvendo historicamente e hoje o viajante pode conhecer o Pelourinho, o Mercado Modelo, o Farol da Barra, o Elevador Lacerda, as praias, as igrejas, a culinária, as tradições e toda a riqueza cultural que a primeira capital do país oferece.

PRODUÇÃO NACIONAL – Outro local histórico é Recife (PE), uma das mais antigas cidades do Brasil. Ela surgiu em 1537 como Ribeira de Mar dos Arrecifes, uma praia de pescadores. A povoação aconteceu em 1561 e a cidade tornou-se a principal da Capitania de Pernambuco, conhecida em todo o mundo comercial da época por causa da cana-de-açúcar. Tal fator despertou o interesse dos holandeses que, atraídos pela riqueza da capitania e por sua posição estratégica, invadiram a cidade durante 24 anos, entre 1630 e 1654.

Hoje, Recife e a região que a envolve atravessa a força histórica e enriquece a experiência do viajante. Praias famosas se misturam com a arquitetura colonial que se misturam, ainda, com o ritmo do frevo, dos bonecos gigantes e de todo legado deixado pela mistura de povos.

São Luís (MA) também é um exemplo de rota do Brasil Colônia. Fundada por franceses em 1612, ela recebeu este nome em homenagem ao rei da França, Luís XIII. Atual capital do estado, São Luís e a vizinha Alcântara são detentoras de imponentes conjuntos arquitetônicos remanescentes dos séculos XVIII e XIX. A capital se expandiu, mas não deixou de preservar a malha urbana do século XVII e a arquitetura original. Em toda a cidade, são cerca de quatro mil imóveis tombados.

Caracterizada como porto fluvial e marítimo, São Luís desempenhou um importante papel na produção econômica do Brasil Colônia, sendo considerada o quarto centro exportador de algodão e arroz. A beleza histórica da capital, aliada a exuberância da natureza do estado, que conta com os Lençóis Maranhenses e a Chapada das Mesas, fazem com que o Maranhão seja um propulsor do turismo.

BRASIL CULTURAL – Apesar de grande parte da prosperidade do Brasil Colônia ter vindo das produções de cana de açúcar e afins, margeando os rios e contando com os portos marítimos, o país pôde ver seu início de interiorização, por exemplo, por meio da criação e gado em Oeiras e Piracuruca, ambas no Piauí. Os municípios também possuem conjuntos urbanos tombados e fazem parte da rota de cidades históricas. Oeiras foi a primeira capital do estado e permaneceu como centro das decisões políticas até 1852, quando a sede do governo foi transferida para Teresina. Ela preserva monumentos e casarões seculares que fazem com que fique viva a memória dos antepassados. A cidade também é recheada de atrativos culturais, religiosos e festivais.

Em uma região de vegetação que destoa do conhecido clima árido do sertão está Areia (PB), cidade construída no topo da Serra da Borborema, a 618 metros de altitude. Ali nasceram o pintor Pedro Américo e o escritor José Américo de Almeida. A cultura viva da cidade preserva o acervo do Museu de Pedro Américo, que inclui uma réplica da obra O Grito do Ipiranga, encomendada por Dom Pedro II.

Outra cidade nordestina situada em área serrana é Viçosa, no Ceará. O local foi uma importante vila de índios e recebeu uma das principais missões jesuítas do país no século XVII. Erguida na Serra de Ibiapaba, a 740 metros de altitude e cercada de vegetação nativa e fontes de águas cristalinas, Viçosa faz com que o turista literalmente fique imerso nas belezas históricas e naturais da região.

LEGADO RELIGIOSO – A fundação de Penedo (AL) também aconteceu na colonização portuguesa, em 1565. Portugueses, holandeses e franceses deixaram suas marcas no estilo colonial e na arquitetura barroca dos templos que existem na cidade. A paisagem que foi edificada inclui alguns dos mais importantes bens da arquitetura religiosa do Nordeste e exemplares da arquitetura civil moderna. As marcas dos colonizadores portugueses, holandeses e dos missionários franciscanos podem ser constatadas na arquitetura barroca de conventos e igrejas.

Laranjeiras (CE) também se destaca por possuir um conjunto urbano que é Patrimônio Cultural Brasileiro. O município foi a mais importante cidade sergipana e suas praças e ruas seguem um alinhamento que obedece ao traçado fluvial, onde estão implantados os principais edifícios, trapiches, sobrados comerciais e residenciais, mercado, centro administrativo, entre outros. Na cidade, destacam-se as igrejas, o estilo barroco da arquitetura, a paisagem e as grutas.

INTERNACIONAL – Engana-se quem pensa que as cidades do Nordeste tiveram protagonismo apenas no período colonial. Elas têm destaque em vários períodos históricos vividos pelo Brasil. Natal (RN) é um município que pode narrar esse fato. Por sua posição geográfica estratégica, em 1920, Natal conviveu com o período da aviação e sediou as bases militares das forças aliadas durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Em 1941, a Marinha do Brasil criou uma Base Naval de Natal no Refoles (atual Bairro do Alecrim), trazendo navios e caça-submarinos americanos. Em 1942, a Força Aérea Brasileira (FAB) instalou uma base em Parnamirim e, no mesmo ano, militares americanos, com o apoio do governo brasileiro, montaram uma base próxima – a Parnamirim Field.

Também foi instalada a Base da Rampa, onde atracavam hidroaviões. Nesse período, com a construção das bases aérea e naval, a cidade era chamada “Trampolim da Vitória” e a movimentação trouxe transformações físicas e culturais.

 

Por Nayara Oliveira
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Viagens e Turismo

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