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Transferências a estados e municípios crescem R$ 1,3 bi nas emendas individuais ao Orçamento. Estado da Bahia foi um dos mais contemplados.

Parlamentares durante reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no início do mês

Foram apresentadas ao Orçamento 2022 (PLN 19/2021) R$ 3,273 bilhões em emendas individuais com transferências para estados, Distrito Federal e municípios. Essas foram as operações que mais cresceram em comparação com o Orçamento deste ano, para o qual deputados federais e senadores haviam apresentado R$ 1,99 bilhão para transferências. O aumento é de cerca de R$ 1,282 bilhão.

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O Ministério da Saúde foi o principal beneficiado pelas emendas apresentadas ao Orçamento 2022: a pasta recebeu R$ 5,5 bilhões de emendas individuais e R$ 5,3 bilhões de emendas de bancada. Isso é parcialmente explicado pela obrigação constitucional que deputados federais e senadores têm de destinar metade de suas emendas para ações e serviços públicos de saúde.

Depois da Saúde, os principais destinos das emendas individuais foram os ministérios da Cidadania (R$ 425 milhões), do Desenvolvimento Regional (R$ 342 milhões), da Educação (R$ 305 milhões) e do Turismo (R$ 152 milhões). Entre as emendas de bancadas estaduais, foram mais beneficiados os ministérios do Desenvolvimento Regional (R$ 3,9 bilhões), da Educação (R$ 2,1 bilhões), da Infraestrutura (R$ 2 bilhões), da Agricultura (R$ 1,7 bilhão), da Justiça e Segurança Pública (R$ 865 milhões) e da Cidadania (R$ 821 milhões).

Programas
Na comparação entre as emendas individuais para 2022 e as apresentadas neste ano, o programa que mais ganhou recursos foi o da Atenção Primária à Saúde, que cresceu de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,2 bilhões, uma diferença de R$ 392 milhões. Em contrapartida, a Atenção Especializada à Saúde caiu de R$ 2,4 bilhões, neste ano, para R$ 2,2 bilhões nas emendas para o ano que vem, uma perda de R$ 226 milhões.

O programa federal que mais perdeu recursos de emendas individuais foi o de Desenvolvimento Regional, Territorial e Urbano, que recebeu R$ 623 milhões nas emendas para 2021 e terá apenas R$ 199 milhões no ano que vem. A diferença é de cerca de R$ 425 milhões.

Outros programas que receberam menos dinheiro das emendas individuais foram a Agropecuária Sustentável (menos R$ 114 milhões), o Esporte (menos R$ 67 milhões), a Educação Básica de Qualidade (menos R$ 47 milhões), a Proteção à Vida, Fortalecimento da Família, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos para Todos (menos R$ 38 milhões).

Em contrapartida, o programa de Mobilidade Urbana, que recebeu somente R$ 3,6 milhões em 2021, terá R$ 134,3 milhões em emendas individuais para 2022. Outros programas populares entre os parlamentares são a Proteção Social no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que recebeu R$ 200 milhões em emendas individuais para o ano que vem, e a Educação Superior, com R$ R$ 186,6 milhões.

A relação ainda inclui cinco programas que foram contemplados com emendas individuais neste ano e não receberam nenhuma dotação para o ano que vem: Nova Previdência; Geologia, Mineração e Transformação Mineral; Mudança do Clima; Política Nuclear; Defesa Agropecuária; e o Programa Espacial Brasileiro.

Localidades
As emendas individuais especificam 664 localidades diferentes, incluindo estados, municípios e regiões, sendo que R$ 233,7 milhões têm localizador nacional. Os deputados federais e senadores podem indicar os municípios de destinação das emendas posteriormente, no momento da execução. Agora, as localidades com mais recursos são os estados de São Paulo (R$ 1,176 bilhão), Minas Gerais (R$ 930 milhões), Rio de Janeiro (R$ 692 milhões) e Bahia (R$ 691 milhões).

Números
O projeto de lei orçamentária para 2022 recebeu no total 6.688 emendas que acrescentam ou incluem despesas por apropriação ou remanejamento. São 6.096 emendas individuais de deputados federais e senadores, 415 de bancadas estaduais e 177 de comissões temáticas mistas, da Câmara e do Senado.

As emendas individuais somam R$ 10,478 bilhões; as de bancada, R$ 17,850 bilhões; e as de comissões, R$ 84,1 bilhões. No entanto, das emendas coletivas, apenas R$ 5,7 bilhões de emendas de bancada têm execução obrigatória. O mesmo vale para as emendas individuais, que são garantidas pelo orçamento impositivo.

Fonte: Agência Senado // Texto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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