Sergipe manteve em 2020 a mesma média de farmácias e drogarias abertas que em 2019, apesar da crise pandêmica. Os dados são do Conselho Regional de Farmácia (CRF/SE) que revelaram ainda saldo positivo da diferença entre as empresas que entraram e saíram do mercado. Essa é uma boa notícia para os profissionais farmacêuticos e para o consumidor.
Para os farmacêuticos representa mais postos de trabalho, já para o cidadão significa maior concorrência e melhores preços. “É a ampliação de campos de trabalho para os farmacêuticos que queiram atuar na área de Farmácias Comunitárias. Mas é muito importante que esses profissionais estejam preparados para assumir seu papel social, integrado à realidade sanitária do Brasil”, comenta a professora Cínthia Meireles, coordenadora pedagógica do Curso de Farmácia da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe).
De acordo com o CRF/SE, a presença do profissional durante todo o horário de funcionamento desses estabelecimentos é prevista na Lei Federal nº 5.991 de 1973. Esta lei dispõe sobre o controle sanitário do comércio de medicamentos e exige, dentre outras coisas, que farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia. “Outra Lei muito importante nesse contexto é a nº 13.021/14 que determina que farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, o que reforça ainda mais a importância do farmacêutico nesses estabelecimentos”, informa Meireles.
E o papel deste profissional vai muito além da simples dispensa do medicamento. A pandemia incrementou a demanda destes espaços, que precisaram ficar abertos mesmo nos períodos de maior isolamento social. Hoje, os farmacêuticos que trabalham nas farmácias comunitárias realizam exames rápidos como, por exemplo, o exame para a Covid-19.
“Além da orientação, contribuindo para o uso racional, adesão ao tratamento e diminuindo as reações indesejáveis por mau uso do medicamento, o farmacêutico presta serviços clínicos como: aferição da pressão arterial, glicemia capilar, aplicação de injetáveis, dentre outros. E não podemos deixar de falar da atenção farmacêutica, onde esse profissional faz o acompanhamento farmacoterapêutico de seu paciente”, esclarece.
Automedicação
De acordo com a professora Cinthia Meireles, a automedicação é um problema sanitário no Brasil, já que gera um impacto na assistência à saúde, pois o uso incorreto traz reações adversas. “O papel do farmacêutico é orientar quanto à prevenção da automedicação, quanto à procura do profissional médico e, em casos de transtornos menores, orientar sobre a terapia mais adequada”, conclui.
FONTE: ASSESSORIA