O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (8), a ordem de serviço para a duplicação de 43,1 quilômetros da BR-423, entre São Caetano e Lajedo, no agreste pernambucano. A obra faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem o objetivo de melhorar a mobilidade, a segurança e o desenvolvimento da região.
A BR-423 é uma importante via de ligação entre o interior e a capital do estado, além de ser uma rota turística para a cidade de Garanhuns, conhecida como a “Suíça pernambucana”. A rodovia também é fundamental para o escoamento da produção local de leite, que abastece o mercado regional e nacional.
A duplicação do trecho de 43,1 quilômetros vai custar R$ 330,3 milhões e será executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). A empresa vencedora da licitação do primeiro lote (São Caetano-Lajedo) já iniciou os trabalhos preliminares. O empreendimento completo, que vai até Garanhuns, tem 83,1 quilômetros e está incluído no Novo PAC. O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou que em breve será publicada a licitação para o segundo lote (Lajeado-Garanhuns).
Em seu discurso, o presidente Lula destacou que o governo federal atende todos os estados do país com igualdade, independentemente de alinhamento político com os governantes locais. Ele disse que as obras são justificadas com base em bons projetos e na viabilidade econômica e social. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, é filiada ao PSDB e foi adversária de Lula nas eleições de 2022, quando ele apoiou a candidata Marília Arraes (Solidariedade) no segundo turno.
“O que tenho dito às pessoas é que não me venham aqui apenas fazer discurso de que precisa de recursos. O que tenho dito, o que faz o dinheiro acontecer é a clareza do projeto, a importância do projeto e a seriedade de viabilidade econômica e social de uma obra. E há muito tempo essa obra é cobrada de mim”, afirmou Lula.
A duplicação da BR-423 é uma demanda antiga da população do agreste pernambucano, que sofre com os congestionamentos, os acidentes e a falta de infraestrutura da rodovia. A obra vai beneficiar cerca de 500 mil habitantes da região, além de gerar emprego e renda para os trabalhadores locais. A expectativa é que a obra seja concluída em dois anos.