O Governo Federal através do MMA lançou novamente o projeto Redeser, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), visando combater a desertificação em áreas vulneráveis da Caatinga. Esta iniciativa estava inativa durante os últimos quatro anos, durante a gestão anterior.
Programa captou R$ 19 milhões em fundo internacional para investir em sistemas agroflorestais em 14 municípios no Nordeste
A retomada teve início em Uauá, região semiárida da Bahia, que é um dos 14 municípios distribuídos em quatro territórios considerados cruciais para o bioma – Seridó (PB/RN), Araripe (CE), Xingó (AL) e Sertão do São Francisco (BA). Essas áreas receberão recursos destinados a conter a desertificação através de práticas agroflorestais sustentáveis e conservação da biodiversidade.
“A principal meta do projeto Redeser é combater e reverter os processos de desertificação, utilizando a gestão integrada da paisagem, o manejo sustentável da Caatinga, sistemas agroflorestais e colaboração com apicultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais”,
afirmou Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA.
Pires enfatizou a importância da colaboração com prefeituras e governos estaduais para o sucesso do programa, que receberá um investimento de R$ 19 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Esses recursos serão aplicados até o final de 2025.
O foco estará na implementação de Sistemas Agroflorestais (SAF) e práticas de Gestão Integrada dos Recursos Naturais (GIRN), iniciativas com grande potencial para promover a agroecologia e a convivência com o semiárido. Espera-se que mais de 13 mil hectares sejam gerenciados de maneira sustentável, beneficiando aproximadamente 200 famílias.
Além disso, espera-se que o projeto tenha um impacto significativo na oferta de alimentos saudáveis para os beneficiários, que serão disponibilizados principalmente no mercado local, especialmente em feiras.
“Precisamos preservar a biodiversidade e manter a Caatinga intacta, assim como proteger nascentes e fontes hídricas, para garantir o sustento das famílias agricultoras na região semiárida e enfrentar a crise climática”
afirmou Pires.
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O investimento de R$ 1,5 milhão em Uauá terá como objetivo ampliar a oferta de bens e serviços derivados da conservação e manejo sustentável. A execução do projeto, que beneficiará 200 famílias, ficará a cargo da Fundação Araripe.
Em Uauá, uma das metas é fortalecer a gestão sustentável das áreas de Caatinga em comunidades locais, com ênfase no manejo e na recuperação da vegetação nativa. Outro objetivo é oferecer cursos e intercâmbios para promover práticas ecologicamente responsáveis, valorizando os conhecimentos locais.
O QUE É O PROJETO REDESER
O Projeto Redeser é uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Ministério do Meio Ambiente, e tem como intuito combater a degradação dos solos.
O projeto iniciou no estado do Maranhão, mas pretende prosseguir pelo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Alagoas abrangendo os locais mais ameaçados de desertificação.
Desertificação é a incapacidade de o solo produzir, com esta degradação ocorre uma diminuição significativa da vegetação, resultando em um cenário árido.
REDAÇÃO com Assessoria