A Petrobras lançou oficialmente a construção de sua primeira planta-piloto para a geração de hidrogênio renovável no Brasil, na Usina Termelétrica do Vale do Açu, localizada em Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte. A usina fotovoltaica em Alto do Rodrigues terá capacidade de eletrólise de 2 MW.
Com um investimento total de R$ 90 milhões, o projeto será realizado em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), e a execução das obras ficará a cargo da WEG, uma empresa brasileira reconhecida mundialmente na área de eletrificação.
No lançamento ontem, a governadora Fátima Bezerra afirmou que a escolha do Rio Grande do Norte como sede do projeto está alinhada ao avanço do estado na regulamentação do novo combustível.
Ela destacou o Projeto de Lei que estabelece o Marco Legal do Hidrogênio Verde no RN, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa, que prevê incentivos fiscais e mecanismos para atração de empreendimentos.
“Essa instalação possibilita a produção em larga escala dessa fonte renovável, colocando o Rio Grande do Norte em posição competitiva na corrida pela energia do futuro. A Petrobras, ao investir no hidrogênio renovável no município de Alto do Rodrigues, demonstra que uma empresa pública pode e deve ser um motor de inovação e sustentabilidade”, disse a governadora.
Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, destacou que a nova estrutura será usada para pesquisas sobre o uso do hidrogênio e para geração de energia, reforçando o papel estratégico do projeto na descarbonização da companhia.
“O hidrogênio renovável desempenha hoje um papel central para o Brasil e para a Petrobras. Estamos confiantes de que tomamos a decisão certa e esperamos em breve ver a planta em pleno desenvolvimento”, afirmou.
A cerimônia de lançamento ocorreu no auditório da Governadoria do Estado, em Natal, com a presença do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Silvio Torquato; do secretário adjunto da mesma pasta, Hugo Fonseca; do secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho; da presidente da Companhia Potiguar de Gás, Marina Mello; de Werner Farkat, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema); do coronel Francisco Araújo, da Secretaria de Segurança Pública; de Adriano Oliveira, secretário-adjunto do Trabalho, Habitação e Assistência Social; e de Ivanilson Maia, secretário-adjunto do Gabinete Civil.
Também estiveram presentes o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), professor José Daniel Diniz; Vilmar Pereira, vice-presidente da Federação das Indústrias do RN (FIERN); Rodrigo Mello, diretor do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis; além de executivos da Petrobras, representantes do setor de energia e parceiros do projeto.
A previsão de opeação é para o primeiro trimestre de 2026
O hidrogênio renovável terá produção por meio do processo de eletrólise da água, utilizando energia solar. Esse processo consiste em quebrar as moléculas de água com uma corrente elétrica, separando hidrogênio e oxigênio.
De acordo com Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, esse projeto-piloto é crucial para a estratégia da empresa em investir na descarbonização.
“Este é o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no setor de hidrogênio sustentável. A produção de hidrogênio renovável através da eletrólise da água com energia solar não só diminui a emissão de gases de efeito estufa, mas também utiliza recursos naturais abundantes e sustentáveis no país.”
A Usina Fotovoltaica de Alto Rodrigues, que foi inicialmente construída para pesquisa e desenvolvimento, terá sua capacidade ampliada de 1,1 MWp (Megawatt pico) para 2,5 MWp, atendendo à demanda elétrica da unidade-piloto de eletrólise, que terá capacidade de 2 MW.
A princípio, a planta de eletrólise passará por testes em diferentes modos de operação. Desse modo, aproveitando a conexão com a rede de distribuição de energia e o sistema de armazenamento já existente.
O hidrogênio terá utilização na produção de energia e em estudos sobre sua adição ao gás natural. Dessa forma, ele vai alimentar microturbinas que passarão por testes.
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Além disso, é importante ressaltar que a Petrobras é a primeira empresa brasileira a investigar os efeitos da incorporação de hidrogênio renovável ao gás natural em microturbinas.
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Importância para a Petrobras:
- Inovação e Sustentabilidade: Fortalecimento da estratégia de descarbonização e transição energética.
- Liderança no Setor: Pioneirismo em estudos sobre hidrogênio renovável no Brasil.
- Valorização de Recursos Naturais: Uso de fontes abundantes e sustentáveis, como a energia solar.
- Expansão de Capacidades: Ampla capacidade de produção e operação para futuras iniciativas comerciais.
- Aumento da Eficiência Energética: Testes de adição de hidrogênio ao gás natural, promovendo inovações em geração de energia.
Entenda com o é gerado o Hidrogênio Verde
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