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Prefeitura do Recife amplia programa ReciclaMais para duas novas cooperativas

Prefeito João Campos visitou a instituição Recicla Recife, uma das beneficiadas, na manhã desta quinta-feira (29). Novas células chegam para movimentar ainda mais a economia verde no Recife

Sintonizada com a perspectiva de uma economia mais verde e inclusiva, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, implantou duas novas células empreendedoras do programa ReciclaMais, dentro do Julho Sem Plástico. As cooperativas Recicla Recife e Recicla Torre receberam um conjunto de máquinas – extrusoras e trituradoras – que reciclam o plástico de maneira criativa, através de uma parceria com a Fundação Bernard Van Leer. A inauguração ocorreu nesta quinta (29), com a presença do prefeito João Campos, na Recicla Recife, no bairro de São José.

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A ideia é que em ambas as células, metade dos produtos fabricados sejam comercializados e gerem renda para os cooperados e a outra metade seja destinada para equipar os espaços públicos da cidade. “A gente veio visitar aqui a cooperativa Recicla Recife, que trabalha com material reciclável na nossa cidade e agora faz parte da expansão do ReciclaMais, que é uma iniciativa da Prefeitura. O projeto já está presente em três cooperativas da cidade e aqui estamos fazendo essa expansão, celebrando também a nova aquisição do maquinário para Upcycling”, explicou o prefeito João Campos.

“A gente fez uma parceria, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, com a Fundação Bernard Van Leer, e com isso a gente conseguiu ampliar o número de máquinas que fazem a reciclagem do plástico. O equipamento pega o plástico, faz a trituração dele e pode reutilizar fazendo mobiliário urbano, como bancos, corrimão, lixeira, tudo com material 100% reciclado da nossa cidade”, acrescentou o prefeito João Campos. O gestor municipal adiantou ainda que a ação deve ser expandida. “A gente quer levar isso cada vez mais para outras áreas da cidade e pede que as pessoas façam o descarte do resíduo, através da coleta seletiva, fazendo a separação da maneira adequada, podendo entregar isso nos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) da Prefeitura ou através do sistema de coleta domiciliar. Com isso, a gente ajuda a preservar o meio ambiente, ajuda as famílias que trabalham nessas cooperativas, com a catação de material reciclável, para poder ter renda, e também consegue cuidar de todo mundo do Recife”, finalizou.

O ReciclaMais funciona agora em três espaços. O galpão de reciclagem da Cooperativa Recicla Recife, que está situado no bairro de São José, próximo da comunidade do Coque, recebeu o primeiro conjunto de máquinas modelo “Pro” de Upcycling – reciclagem criativa do plástico – de forma pioneira no Recife. O equipamento transforma o plástico de forma mais rápida em uma série de produtos que vão desde utensílios domésticos como vasos, lixeiras, luminárias e fruteiras, até a madeira plástica que pode virar bancos, mesas, fraldários, balanços e brinquedos infantis.

“Essa cooperativa agora vai poder passar a fazer o Upcycling do plástico, fazendo com que aquele resíduo que antes iria para o lixo, para o canal, para as barreiras, vai ser transformado em mobiliários urbanos para a cidade, seja uma cadeira ou um banco. E mais do que isso, vai se transformar em geração de renda para as cooperativas. O ReciclaMais é um símbolo da mudança da economia da cidade, fazendo a transição para uma economia mais verde, circular e de baixo carbono”, detalhou o secretário Executivo de Inovação Urbana do Recife Tullio Ponzi.

Segundo a presidente da Recicla Recife, Valeria Francabandiera, a expectativa é que mais renda seja gerada para os cooperados ao mesmo tempo em que a sustentabilidade é incentivada na cidade. “A Recicla Recife já atua há anos. Estamos crescendo bastante e o projeto agora entra nessa parceria para fazer com que o material que a gente recebe da coleta seletiva da Prefeitura do Recife passe por uma transformação e tenha um valor a mais nos seus produtos. Hoje, a gente vende para intermediários e poucos fabricantes. Com a entrada do projeto ReciclaMais planejamos fazer mobiliários urbanos de maneira inovadora, criar algo diferente e mostrar para a população que é possível trabalhar de uma forma sustentável, com economia circular e gerarmos emprego e renda”, contou ela. Para o cooperado Esmeraldo dos Santos, que coordena os trabalhadores na Recicla Recife, a tendência é que os membros da cooperativa tenham mais renda. “Se Deus quiser vai melhorar muito para a gente e para o meio ambiente também. O pessoal está achando nota dez e com isso vai ter mais trabalho para outras pessoas. A gente já cresceu um bocado e vai crescer mais ainda”, comemorou.

Na Cooperativa Recicla Torre, situada no bairro da Torre, os 16 cooperados estão recebendo capacitação técnica para manusear as máquinas (semelhantes às que já existem na Cooperativa Ecovida Palha de Arroz) e estão aprendendo a produzir novos artefatos. Enquanto uma das máquinas tritura o plástico em pequenos granulados, que já podem ser comercializados, a outra recebe os pedaços do material para criar uma linha fina de plástico que pode ser utilizada em impressoras 3D ou moldada em novo produto. O objetivo é criar oportunidades de empreendedorismo, novos negócios e geração de renda através da reciclagem criativa do plástico, atraindo empresas, startups, terceiro setor e a universidade a investirem em negócios de Upcycling.

Com a ampliação do ReciclaMais, estima-se que cerca de 54 famílias de pessoas que trabalham com a reciclagem no Recife sejam beneficiadas, gerando novos empregos verdes e ampliando a capacidade de pessoas nas três cooperativas que já receberam o programa. Formada exclusivamente por mulheres, a primeira célula do programa funciona desde dezembro de 2020, na Cooperativa Ecovida Palha de Arroz, onde o plástico é transformado em produtos que podem ser adquiridos através da loja virtual @palhadearroz, na Feirinha da Rua do Bom Jesus aos domingos e no Shopping Plaza Casa Forte.

Na Cooperativa Ecovida Palha de Arroz, a valorização do plástico teve impacto no número de mulheres, saltando de 12 para 18 cooperadas em apenas três meses de funcionamento, como também na renda mensal, que hoje chega a representar 40% do salário que elas recebiam só com a triagem, prensa e venda dos materiais recicláveis em geral. A iniciativa está viabilizando cada vez mais o empoderamento, a independência e o protagonismo de quem trabalha com a reciclagem através de uma economia verde, circular e inclusiva. O quilo do plástico, que antes valia R$ 1,80, pode chegar a até R$100,00 com a venda dos produtos.

FOTOS: Rodolfo Loepert / PCR

FONTE: IMPRENSA PMR

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