O projeto busca o fortalecimento das redes de atenção à saúde, via atendimentos virtuais, com priorização das linhas de cuidado materno-infantil e doenças crônicas não transmissíveis.
A Parceria Público-Privada (PPP) de Saúde Digital visa a descentralizar, por meio da internet, o atendimento de básica e alta complexidades nas unidades de saúde do estado do Piauí. Nesta segunda-feira (10), às 16h, uma comitiva do Hospital Oswaldo Cruz apresentará o estudo técnico da PPP Saúde Digital ao governador Wellington Dias e a equipe da Superintendência de Parcerias e Concessões do Piauí (Suparc).
“Esse projeto vem em um momento singular, agora com a expansão da PPP Piauí Conectado que levará internet banda larga para os 224 municípios do estado. Isso aliado à grande cobertura do Programa Saúde da Família, presente em 99,4% das cidades piauienses, vai transformar a vida da população”, comenta a superintendente da Suparc, Viviane Moura.
Os estudos identificaram os serviços de saúde que atendam aos objetivos apontados no Plano Estadual de Saúde que podem ser contemplados na PPP para a estruturação e consolidação da rede de saúde digital no Piauí.
Segundo os estudos, um dos principais eixos da saúde digital no estado do Piauí é a assistência e gestão do cuidado. As dimensões dessa área são Atenção Primária, Regulação, Atenção Especializada e Hospitalar, que serão desenvolvidas a partir da implementação e expansão de serviços de teleconsulta e outros atendimentos remotos.
A sala modelo é um equipamento que será utilizado para a realização de teleconsultas e dar apoio às equipes de Saúde da Família. O espaço vai contar com um enfermeiro navegador e um kit de exame portátil.
Inicialmente serão implantadas 50 salas modelos, uma por município. Neste cenário, em um ano, seriam realizadas 500 consultas com especialistas em cada uma das salas modelos. O estudo estima que, se nestas 500 consultas com o especialista, todos os pacientes tivessem que se deslocar para Teresina, haveria o custo anual de mais ou menos R$ 8 milhões.
Atualmente, somente 65% das gestantes do estado realizam sete ou mais consultas pré-natal em média, e essa taxa tem crescido 5% ao ano. “Com a proposta de implantação das salas modelos temos como objetivo acelerar a adoção ao número de mais consultas de pré-natal. Buscamos, em meia década, reduzir em 50% o número de óbitos por causas evitáveis em crianças de até cinco anos. É uma estimativa de 326 vidas salvas em cinco anos”, aponta Viviane Moura.
O projeto também prevê aquisição de insumos que deverão ser entregues para o desenvolvimento do eixo assistencial no âmbito da tecnologia, como uma plataforma de telemedicina com APP cidadão, prontuário eletrônico e receita eletrônica.
FONTE: SECOM PI