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Pesquisa do Sebrae aponta que Paraíba ocupa 4º lugar no Nordeste na proporção de donos de negócio formalizados

Com 19% na proporção entre o total de donos de negócio do estado e os que afirmaram possuir CNPJ no último trimestre de 2020, a Paraíba ocupa o quarto lugar da região no tocante à proporção de empresários formalizados. Além disso, está ligeiramente acima da média do Nordeste (18%), conforme aponta a pesquisa “Empreendedorismo informal no Brasil 2021”, montada pelo Sebrae com base no processamento e análise de micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo do Sebrae revela, também, que apesar da pandemia da Covid-19, o número de formalização dos empreendedores no país nos últimos 12 meses registrou crescimento quando comparado ao final de 2019. No 4º trimestre de 2019, período anterior à pandemia, 30% dos empreendedores brasileiros possuíam CNPJ, ou seja, estavam formalizados. Já no mesmo período de 2020, conforme os dados do estudo, esse índice alcançou 32%.

De acordo com a pesquisa, essa expansão se deve à contribuição dos segmentos mais vulneráveis da sociedade, formados pelos grupos de baixa renda, baixa escolaridade e, principalmente, dos que trabalham por conta própria – que saíram da informalidade. No auge da crise, período considerado pelo estudo como sendo no segundo trimestre de 2020, o percentual de donos de negócio com CNPJ aumentou devido à forte “saída” dos informais do mercado. Depois, mesmo com o “retorno” das pessoas ao mercado de trabalho, a formalização manteve a tendência de alta.

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Segundo avaliação da gerente da Unidade de Gestão de Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, o grupo de empreendedores considerados como mais vulneráveis ainda sofre com as barreiras para obter acesso aos recursos que permitem maior competitividade e, consequentemente, maior sobrevivência no mercado.

“Como foi apontado em pesquisa anterior, mesmo com uma gama de oportunidades que surgem para permitir que o ambiente de negócios fique mais igualitário, as condições de acesso ao crédito para investimentos e outras facilidades de inovação ainda são impeditivas para muitos deles. São os empreendedores que mais rapidamente se inserem no mercado, tanto pela necessidade imposta pelo desemprego quanto pela agilidade atual com que se pode registrar uma empresa como MEI”, analisou a gerente.

Perfil da informalidade – O estudo feito pelo Sebrae também procurou identificar o perfil dos empreendedores informais (sem CNPJ), em comparação com os formais (com CNPJ). Os empreendedores formais são, em sua maioria, empregadores com média e alta renda e com média e alta escolaridade. Eles trabalham mais de 40 horas no negócio, têm mais de dois anos de atividade, mais de 35 anos, são majoritariamente brancos e atuam no ramo do comércio ou serviços. Já os empreendedores informais são em sua maioria trabalhadores por conta própria, de baixa renda, baixa escolaridade e dedicam poucas horas ao negócio. Esse grupo tem pouco tempo na atividade, é composto principalmente de jovens com até 35 anos, negros e que atuam na agropecuária ou no setor da construção.

FONTE: ASSESSORIA

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