Para mais da metade dos entrevistados, alcançar novos públicos foi a grande vantagem da migração para o e-commerce. Para 83,1% essa mudança será permanente
Dados divulgados pela Serasa Experian, empresa brasileira de análise de crédito, mostram que a maior parte das micro, pequenas e médias empresas brasileiras (73,4%) estão utilizando a internet para vender seus produtos ou serviços. A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2021 e contou com a participação de 508 empresas dos segmentos de Serviços, Varejo, Atacado e Indústria.
Dentre os participantes da pesquisa, a grande maioria, mais precisamente 83,1%, afirma que pretende manter os canais digitais de venda mesmo após o fim da pandemia. Ainda que as redes sociais sejam o maior canal de vendas no momento, dados mostram que a tendência para empresas é buscar um canal próprio, como uma plataforma de e-commerce, por exemplo.
Para 51% dos participantes, alcançar públicos diferentes foi a maior vantagem dessa migração para o digital. Logo em seguida, o aumento da exposição da marca segue como ponto forte para 44,8%. Para 34,5%, o grande trunfo foi atingir novas regiões, enquanto para 29,7% o grande benefício do e-commerce está em atingir o mesmo público, mas em quantidades maiores.
Para Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, ainda que essa migração tenha surpreendido muitos empreendedores, a maior parte deles adaptou-se bem ao novo modelo, mostrando que essa será uma tendência duradoura.
“O brasileiro é naturalmente um apaixonado por tecnologia, mas vimos que muitas pequenas empresas precisaram incorporar totalmente o ambiente digital em pouco tempo. No início, essa adoção pode ter sido feita de forma improvisada, mas os negócios têm necessidades distintas e muitos conseguiram encontrar as ferramentas que melhor funcionassem para seu produto, público e região. Hoje, o mercado também já entendeu essa necessidade das empresas de menor porte e oferece soluções direcionadas para este segmento, o que vai facilitar cada vez mais a adesão e digitalização”, conclui Genero.
A EXPANSÃO DO E-COMMERCE DURANTE A PANDEMIA
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) mostram que foi aberta mais de uma loja virtual por minuto no Brasil desde o início da pandemia. Ao todo, foram 107 mil novas lojas virtuais em um período de dois meses, aproximadamente.
E-commerces como esses destinam-se a vender os mais variados tipos de produtos. Lojas de produtos alimentícios, lojas de acessórios para casa e, até mesmo, lojas de cueca destacam-se durante o período analisado. De acordo com o estudo, as categorias mais populares são moda, alimentos e serviços.
A instituição destaca que, antes da pandemia, a média de abertura de e-commerces era de 10 mil estabelecimentos por mês. Para Maurício Salvador, presidente da Abcomm, o aumento é um “legado positivo de toda situação negativa”.
Números divulgados pela 42ª edição do Webshoppers mostram que o setor cresceu 47% nos primeiros seis meses do ano passado, a maior alta registrada em 20 anos. Junto com esse crescimento, o número total de pedidos, assim como o valor médio de cada compra, também foi impulsionado.
FONTE: ASSESSORIA