A Páscoa é uma importante data para vendas no varejo de food service – e também uma oportunidade para o pequeno empreendedor. Com a chegada da pandemia no Brasil e o fechamento do comércio, as vendas sofreram um revés já em 2020. Segundo dados da consultoria Boa Vista, elas recuaram 33% quando comparadas ao mesmo período de 2019.
Este ano, o varejista terá mais chances de impulsionar as vendas de Páscoa com o consumidor mais acostumado a comprar on-line e via delivery. De acordo com a Linx, especialista em tecnologia para o varejo, a Páscoa será uma data promissora para os pequenos empreendedores, que já perceberam que o cliente está muito mais aberto às plataformas de e-commerce e apps de entrega. Dados da empresa e da Neemo evidenciam esse potencial. Durante o Carnaval deste ano, as vendas via delivery aumentaram 276% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior.
Já para garantir o atendimento ao cliente, a empresa indica que o empreendedor precisa trabalhar em diversos canais on-line, como as redes sociais, marketplaces e plataformas próprias. O WhatsApp e o Facebook, por exemplo, têm se tornado muito populares como canais de venda nos últimos anos, com soluções de chatbot que automatizam o atendimento. Já os marketplaces são importantes para alcançar um maior número de consumidores e as plataformas próprias de delivery ajudam a construir um relacionamento mais próximo com os clientes e fidelizá-los.
Porém, com a operação via delivery implementada, a Linx aponta que é preciso se atentar a duas questões importantes: a demora na entrega e o cuidado com as embalagens. De acordo com estudo do Instituto QualiBest, realizado com 1.500 consumidores de todo o país no final de 2020, a demora na entrega é um fator negativo para cerca de um em cada cinco entrevistados.
Uma maneira de atenuar o problema, para a Linx, é delimitar bem o raio de atuação do restaurante, entendendo variáveis como trânsito, capacidade de entrega, demanda diária, entre outros aspectos.
Em estudo da consultoria Galunion, também com a QualiBest, realizado com 1.100 consumidores entre 5 e 7 de maio de 2020, 51% dos entrevistados afirmam que já deixaram de comprar em um restaurante por problemas com a embalagem no delivery. Os ovos de chocolate, muito suscetíveis a temperaturas altas e a danos físicos durante a viagem, precisam de atenção especial neste quesito.
Segundo a Linx, eles podem ser de qualidade excelente, mas se chegarem derretidos ou quebrados para o cliente por conta da embalagem, a experiência negativa pode falar mais alto e colocar tudo a perder.
FONTE: ASSESSORIA