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Novos empreendedorismos crescem durante crise econômica no Brasil

Impulsionados pela crise econômica gerada pela pandemia da covid-19, só em 2020, 14 milhões de brasileiros se aventuraram (pela necessidade) no empreendedorismo, segundo o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), sobre o empreendedorismo no Brasil. De acordo com o levantamento, o grupo crescente, no setor, é de jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos, representando 55% dos novos investidores. As mulheres representam 49% deste crescimento. A pesquisa também aponta que 50 milhões de brasileiros têm o sonho de abrir um negócio, 32,2% afirmam terem sido influenciados pela pandemia, ou seja, 16 milhões de brasileiros poderiam ter empreendido junto com os 14 milhões de brasileiros que empreenderam na crise pandêmica, fechando o possível número de 30 milhões de novos investimentos.

O olhar empreendedor não está só nas oportunidades boas, mas também nos momentos de crise e de grandes incertezas em que busca por novas possibilidades e, neste momento, um bom planejamento estratégico ajuda a se posicionar no mercado para colher frutos da resiliência, afirma Beatriz Pretto, empreendedora com experiência desenvolvida nas áreas de gestão de negócios, comercial e de curadoria, nacional e internacional.

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“Apesar de ser formada em serviço social, foi como empreendedora que obtive muito sucesso em todos os meus investimentos, porém não foram poucos os desafios que tive que superar diante de tantas instabilidades econômicas e sociais. Superar estas adversidades e criar novas oportunidades faz com que uma empresa fique firme no mercado. Toda crise abre espaço para oportunidades e identificá-las pode ser o ponto de inflexão no sucesso dos negócios”, relata a empresária.

Beatriz explica que a pandemia gerou muitas transformações no mundo dos negócios, e que as organizações não estavam preparadas para enfrentar mudanças tão rápidas e profundas. Para se manterem no mercado competitivo tiveram que movimentar grandes estruturas como: trabalho remoto, alternar equipes e turnos de trabalho presencial para dar conta dos protocolos sanitários e oferecer um ambiente de trabalho seguro para os colaboradores. Ela também observa que as pequenas e médias empresas tiveram que inovar e implementar muitas ferramentas digitais, as quais eram até conhecidas, mas não haviam sido implementadas com a velocidade que a realidade estava exigindo.

Segundo dados recentes do Sebrae, cerca de 52 milhões de brasileiros dedicam-se ao seu próprio negócio. Deles, 62% declaram que tal iniciativa decorreu da identificação de oportunidades mercadológicas que ninguém havia percebido até então. Anualmente são criados mais de 1,2 milhões de novos empreendimentos formais. Destes, de acordo com o Sebrae, mais de 99% são micro e pequenas empresas ou empreendedores individuais, que correspondem a dois terços do total de ocupações existentes no setor privado.

O número de Microempreendedores Individuais (MEI) também cresceu no país ao longo de 2020. Do total de 3.359.750 empresas abertas no período, 2.663.309 eram MEIs, representando um crescimento de 8,4% em relação ao ano de 2019. Os dados são do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia. De acordo com os números, no fim do terceiro quadrimestre de 2020, existiam, no Brasil, 11.262.383 MEIs ativos. Em março de 2021 eles já respondiam por 56,7% do total de negócios em funcionamento no país.

Conforme a especialista, para o atual momento, é necessário ter a habilidade de conhecer bem os clientes e poder entregar a melhor experiência de compra, com atenção e cuidado. No mercado como, por exemplo, o de joias, as compras são particulares e feitas por clientes especiais que sabem reconhecer um bom empreendimento, buscam por um atendimento especializado e personalizado. Pretto também menciona que esse tipo de atendimento garante a fidelização e a certeza de que, mesmo em momentos de instabilidade, o cliente saberá que a empresa estará pronta para entregar o que ele deseja, seja via plataformas digitais (e-commerce) ou pelo atendimento personalizado.

“Todo negócio bem planejado e com uma estrutura sólida tem grandes chances de sucesso. Claro que conhecer muito bem os produtos oferecidos, ter uma logística definida e eficiente, mapear todos os processos internos e atribuir indicadores de resultado também fazem parte da receita para o sucesso. Conhecer o mercado, pesquisar benchmarking e ter uma estratégia comercial clara e customizada, valendo-se de técnicas como Spin Selling são fatores determinantes para se atingir as metas desejadas para se manter firme no mercado ou criar um novo empreendimento, mesmo em momentos de crise”, conclui Beatriz Pretto.

FONTE: ASSESSORIA

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