Nova lei protege estudantes que são mães de discriminação

mãe com filho em sala de aula. foto: ALRR
mãe com filho em sala de aula. foto: ALRR

Uma nova legislação que teve sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete transformar o acesso a bolsas de estudo e pesquisa no Brasil. Publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (25), a Lei nº 15.124 veda qualquer critério discriminatório contra estudantes e pesquisadores em virtude de gestação, parto, nascimento de filho, adoção ou obtenção de guarda judicial.

A iniciativa busca corrigir uma prática historicamente injusta, que prejudicava a continuidade acadêmica de muitas mulheres e famílias que optavam pela maternidade ou adoção durante sua formação universitária ou atividades de pesquisa. A nova legislação é um marco na luta pela igualdade de oportunidades no ensino superior e na ciência brasileira.

Principais Pontos da Lei

A seguir, resumimos em uma tabela os aspectos mais importantes da Lei nº 15.124/2025:

AspectoDescrição
ObjetivoProibir critérios discriminatórios contra estudantes e pesquisadores em processos seletivos de bolsas.
Formas de Discriminação Vedadas– Negar concessão de bolsas
– Atribuir avaliação negativa por motivos de gestação, parto, nascimento de filho ou adoção.
Perguntas ProibidasÉ proibido questionar sobre planejamento familiar, salvo se o próprio candidato abordar o tema.
Licença-maternidadeExtensão de 2 anos no período de avaliação da produtividade científica.
SançõesInstauração de procedimento administrativo contra quem praticar ato discriminatório.
VigênciaA lei entrou em vigor em 24 de abril de 2025, data da sua publicação.

Impactos Esperados

Essa nova legislação tem potencial para ampliar a inclusão de mulheres e famílias nas universidades e centros de pesquisa do Brasil. Estudantes que enfrentam a maternidade ou a adoção agora contam com uma proteção legal para não sofrerem penalização em processos seletivos e avaliações acadêmicas.

A nova lei garante igualdade para quem é mãe.

A extensão do período de avaliação da produtividade científica em casos de licença-maternidade também representa um reconhecimento do impacto real da maternidade na vida profissional, permitindo um julgamento mais justo da trajetória de pesquisadoras.

A expectativa é que a medida estimule ainda mais a presença feminina em áreas historicamente dominadas por homens, especialmente nas ciências exatas, engenharias e tecnologia.