Nordeste tem mais 2 comunidades reconhecidas como quilombolas

Quilombolas durante encontro. Foto: Governo do Piauí
Quilombolas durante encontro. Foto: Governo do Piauí

O reconhecimento de comunidades quilombolas é um passo importante na valorização da identidade cultural, na garantia de direitos e na preservação da memória afro-brasileira. Esta semana, mais duas novas comunidades do Nordeste passaram a figurar oficialmente no Cadastro Geral da Fundação Cultural Palmares como remanescentes de quilombos: Prequeú, no Maranhão, e Riachão, na Bahia.

A certificação está no Diário Oficial da União, por meio das Portarias FCP nº 76 e nº 79. Esse processo reconhece a autodefinição das comunidades como remanescentes de quilombos, conforme previsto na legislação brasileira, e representa um marco na luta por território, dignidade e reparação histórica.

Essas certificações são essenciais para que as comunidades tenham acesso a políticas públicas específicas, como programas de desenvolvimento social, educação diferenciada, saúde comunitária, além de fortalecer sua identidade cultural e suas formas tradicionais de organização social.

Quilombolas: resistência e cultura

As comunidades quilombolas são formadas por descendentes de africanos escravizados que resistiram à opressão e criaram espaços autônomos de convivência, trabalho e espiritualidade. Atualmente, o reconhecimento oficial de sua existência é um passo necessário para assegurar a posse de suas terras e fortalecer sua autonomia.

Comunidade Quilombola. Foto: Reprodução
Comunidade Quilombola. Foto: Reprodução

O Nordeste, por abrigar um número expressivo de comunidades quilombolas, continua sendo palco de avanços importantes na preservação dessa herança viva. Cada nova certificação é uma vitória contra o apagamento histórico e um reforço ao compromisso do Estado brasileiro com a justiça social.