Um estudo recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que três capitais nordestinas possuem as cestas básicas mais baratas do país entre as capitais. No mês de fevereiro de 2025, Aracaju, Recife e Salvador registraram os menores valores entre as cidades analisadas.
Contudo, o custo médio da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas. Apenas Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) registraram redução nos preços.
Entre os produtos que mais impactaram a alta da cesta estão o café, que aumentou em todas as capitais analisadas, o tomate e o quilo da carne bovina de primeira. O café, por exemplo, teve uma variação de preço entre 6,66% (São Paulo) e 23,81% (Florianópolis).
A cidade de São Paulo teve a cesta básica mais cara do país em fevereiro, com um custo de R$ 860,53. Outras capitais também registraram valores elevados, como Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Em contrapartida, as capitais do Nordeste apresentaram os menores preços do Brasil.
Menores valores da cesta básica estão no Nordeste
Entre as capitais nordestinas, os valores da cesta básica ficaram significativamente abaixo da média nacional. Aracaju teve o menor preço do Brasil, com um custo de R$ 580,45. Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80) também figuraram entre as cidades com os menores valores.

Assim, veja o levantamento completo para as capitais do Nordeste que aparecem na pesquisa.
Capital | Valor da cesta básica (R$) |
---|---|
Fortaleza | 710,66 |
Natal | 648,58 |
João Pessoa | 634,41 |
Salvador | 628,80 |
Recife | 625,33 |
Aracaju | 580,45 |
Salário-mínimo deveria ser R$ 7.229,32
Com base na cesta mais cara do país, que foi a de São Paulo, o Dieese estimou que o salário-mínimo necessário para suprir todas as despesas essenciais de um trabalhador e sua família deveria ser de R$ 7.229,32. Esse valor é 4,76 vezes maior que o mínimo atual de R$ 1.518,00.
A diferença no custo da cesta básica entre as regiões reforça a desigualdade econômica do país, mas também demonstra que cidades do Nordeste ainda oferecem um custo de vida mais acessível para a população. Contudo, é essencial monitorar os preços e buscar políticas que garantam acesso a alimentação de qualidade para todos.
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