João Pessoa, a “Queridinha do Nordeste”, deixou de ser uma capital esquecida no mapa turístico nacional para se consolidar como um dos destinos mais promissores para investimentos no setor imobiliário. Com paisagens naturais preservadas, qualidade de vida elevada e um mercado em expansão, a capital paraibana vem atraindo investidores e novos moradores de todas as regiões do Brasil — e o setor da construção civil tem sido um dos maiores beneficiados.
De acordo com o economista Werton Oliveira, esse novo protagonismo representa uma virada de chave no desenvolvimento urbano da cidade. “João Pessoa passou de uma capital pouco lembrada a um dos destinos mais desejados do país, tornando-se, como muitos já dizem, a capital queridinha do Nordeste. Esse novo protagonismo tem influenciado diretamente o mercado da construção civil. Já que muitos turistas que conhecem a cidade acabam identificando nela um potencial não apenas turístico, mas também imobiliário — seja para investir, adquirir uma segunda moradia ou até fixar residência”, explica Werton.
Esse crescimento é comprovado por números. De acordo com o Índice FipeZap, João Pessoa registrou uma valorização acumulada de 8,95% no preço médio do metro quadrado entre maio de 2023 e maio de 2024 — índice acima da média nacional, de 5,6% no mesmo período. E a tendência é de continuidade. No Polo Turístico Cabo Branco, por exemplo, estão previstos cerca de R$ 3 bilhões em investimentos privados nos próximos anos.
João Pessoa lidera geração de empregos na construção civil
Além disso, a cidade liderou a geração de empregos na construção civil entre as capitais do Nordeste. Apenas em 2024, João Pessoa fechou com saldo superior a 3 mil novos postos de trabalho no setor. Dessa forma, superando capitais maiores como Fortaleza, segundo dados do CAGED. “Quando a construção civil está aquecida, ela gera emprego, renda e movimenta diversos setores da economia. E João Pessoa está no topo dessa cadeia produtiva hoje na região”, complementa Werton.
Esse novo cenário impulsiona também uma mudança de perfil nos empreendimentos. As construtoras locais, que antes operavam com foco regional e projetos tradicionais, agora se adaptam para atender a um público mais exigente, composto por investidores de fora da cidade em busca de qualidade de vida e retorno financeiro. Os novos empreendimentos priorizam apartamentos compactos com áreas de lazer completas — uma tendência que se alinha à realidade de quem deseja uma segunda moradia ou uma mudança definitiva para o litoral.
Empresas como a Bloco Construções exemplificam essa nova fase. Com 15 anos de atuação no mercado, a empresa começou como um escritório técnico prestando suporte a grandes incorporadoras. Em 2025, ela dá um salto e se prepara para lançar dois empreendimentos de alto padrão na capital, voltados a um público moderno e conectado com as novas demandas do morar.
“João Pessoa vive um momento único de valorização e visibilidade. Nossos projetos foram pensados para traduzir esse novo perfil da cidade — que alia natureza, inovação e qualidade de vida. A Bloco aposta em empreendimentos que dialogam com o futuro do morar, e é gratificante fazer parte desse ciclo de transformação urbana”, afirma Ricelly Lacerda, CEO da Bloco Construções.

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Ciclo deve durar 15 anos
De acordo com Werton Oliveira, esse movimento é irreversível:
“Estamos no início de um ciclo que deve durar pelo menos 15 anos. João Pessoa tem tudo para se consolidar como um mercado de luxo no Nordeste. Tanto pela qualidade dos projetos quanto pelo custo competitivo do metro quadrado. É um mercado que ainda tem muito a crescer”.
Além disso, há também impactos urbanísticos e sociais. Os novos empreendimentos contribuem para a valorização dos bairros onde estão inseridos. Desse modo, eleva o padrão das construções e promovendo melhorias na infraestrutura urbana. “Quando um bairro recebe um empreendimento que alia lazer, moradia e modernidade, todo o entorno é beneficiado. Isso atrai novos investimentos e melhora a qualidade de vida dos moradores”, finaliza o economista.
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