Inpasa acelera industrialização no Oeste da Bahia

Nova planta em Luís Eduardo Magalhães amplia produção de etanol, DDGS e óleo vegetal, reforçando papel estratégico da região no agronegócio nacional
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Inpasa no Oeste Baiano foto reprodução

A Inpasa deu um passo decisivo para fortalecer a industrialização no Oeste da Bahia com a construção de uma nova unidade em Luís Eduardo Magalhães. Muito além da ampliação territorial, o projeto posiciona a região como novo polo agroindustrial dentro do Matopiba — área formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — e impulsiona a geração de empregos, o valor agregado à produção agrícola e a infraestrutura logística.

Planta deve iniciar operação em 2026

A princípio, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2026, a planta vai operar em uma das áreas mais promissoras para o agronegócio brasileiro. Assim, a nova unidade terá capacidade para processar cerca de 1 milhão de toneladas por ano de milho e sorgo, o que deve resultar em aproximadamente 470 milhões de litros de etanol, 245 mil toneladas de DDGS (utilizado na alimentação animal) e cerca de 23 mil toneladas de óleo vegetal.

A operação da fábrica exigirá o trânsito diário de mais de mil caminhões, movimentando grandes volumes de matéria-prima e produtos finais.

Empregos, fornecedores e impacto local

Durante a fase de construção, a empresa já mobilizou mais de 200 fornecedores e deve registrar cerca de 10 mil cargas de materiais transportadas. Assim, a obra gera atualmente cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos, e o processo de contratação de 450 colaboradores fixos já começou.

“Escolhemos o Oeste da Bahia por seu alto potencial de produção agrícola. Além disso, o mercado do Nordeste vem se mostrando altamente estratégico para a comercialização dos nossos produtos”, explica Flavio Peruzo Gonçalves, vice-presidente de Negócios de Originação da Inpasa.

Mais do que etanol: nutrição animal e adjuvantes agrícolas

A unidade também ampliará a produção de DDGS, grão seco rico em proteína, cada vez mais utilizado na formulação de rações devido à sua alta digestibilidade. Ao mesmo tempo, o óleo vegetal extraído será a base para as linhas IOP (adjuvantes) e IOM (emulsionantes), que aumentam a eficiência de defensivos agrícolas ao melhorar a aderência, penetração e reduzir perdas por evaporação ou deriva.

Para Rafael Verruck, diretor de Trading de Óleo e DDGS da companhia, o projeto responde a uma demanda crescente por insumos sustentáveis e eficazes no campo.

“Estamos aproveitando todo o potencial dos grãos para entregar produtos com qualidade elevada e valor agregado. Isso reforça nosso compromisso com uma agricultura mais eficiente e sustentável”, afirma.

Inpasa aposta na valorização da produção regional

usina
usina Inpasa-nova Mutum foto divulgação

A nova biorrefinaria chega em um momento crucial, marcado pela busca por cadeias produtivas mais integradas e resilientes. Além disso, ao estabelecer presença em Luís Eduardo Magalhães, a Inpasa contribui para a diversificação de culturas, incentiva o uso do sorgo como alternativa ao milho e ajuda a resolver gargalos como armazenagem, logística e previsibilidade de comercialização, comuns entre produtores do Matopiba.

Dessa maneira, a iniciativa também fortalece a estratégia da empresa de interiorizar sua produção industrial, conectando grandes polos agrícolas a modelos logísticos mais eficientes.

Hoje, a Inpasa já opera unidades no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão, com capacidade instalada para processar 12 milhões de toneladas de grãos por ano, produzir 5,8 bilhões de litros de etanol, 3 milhões de toneladas de DDGS, 245 mil toneladas de óleo vegetal e 1.513 GWh de energia elétrica.

Biocombustível com menor impacto ambiental

Além de aumentar a oferta de etanol, a nova planta fortalecerá a atuação da Inpasa na produção de biocombustíveis com menor pegada de carbono. Entretanto, a empresa possui certificação internacional ISCC CORSIA, que habilita a produção de matéria-prima para o SAF (Sustainable Aviation Fuel), combustível sustentável voltado à aviação.

Portanto, essa frente se alinha ao propósito da companhia de liderar a transição energética no Brasil, oferecendo soluções inovadoras para os setores de transporte aéreo e agricultura de baixo impacto ambiental.

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