Governo publica medida provisória para conter alta na conta de luz

Projeto busca também, limitar gastos com subsídios energéticos
postes de energia
Nova MP tenta evitar alta na conta de luz foto fabio rodrigues

Uma nova medida provisória (MP), publicada nesta sexta-feira (11) em edição extra do Diário Oficial da União, busca frear o aumento nas tarifas de energia elétrica causado pela recente derrubada dos vetos à Lei das Eólicas Offshore. A MP estabelece um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e substitui a contratação obrigatória de termelétricas por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com o objetivo de reorganizar os subsídios no setor elétrico.

O que muda com a nova MP do setor elétrico?

A CDE, que é financiada majoritariamente pelos consumidores e viabiliza políticas públicas como a tarifa social e a universalização da energia, está sob risco de crescimento descontrolado nos próximos anos. Com os vetos derrubados no Congresso, o fundo teria um aumento significativo de custos, impactando diretamente as contas de luz.

A nova medida fixa um limite para os gastos da CDE a partir de 2026. Caso esse teto seja ultrapassado, a diferença será coberta por um novo Encargo de Complemento de Recursos (ECR), que deverá ser pago por empresas beneficiadas diretamente pelos subsídios, como distribuidoras, geradoras e comercializadoras de energia.

Cronograma da cobrança do ECR

Ano Percentual do ECR cobrado
2027 50%
2028 em diante 100%

Importante destacar que o novo encargo não afetará os programas Luz para Todos e Tarifa Social.

Substituição de termelétricas por PCHs

A MP também corrige os chamados “jabutis” da Lei das Eólicas Offshore, que obrigava o governo a contratar usinas termoelétricas e PCHs mesmo sem demanda energética justificada — uma medida que poderia elevar o custo da energia em até R$ 35 bilhões por ano e comprometer a sustentabilidade da matriz energética nacional.

A nova regra elimina a obrigatoriedade de contratar termelétricas, substituindo-as por leilões de PCHs, com previsão de contratação de até 3 GW de capacidade para operação a partir de 2032. O governo ainda poderá autorizar até 1,9 GW adicionais, caso o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) identifique necessidade com base em critérios técnicos.

Gás natural sob nova regulamentação

A medida também amplia os poderes do CNPE sobre o gás natural da União. O órgão será responsável por definir as regras de acesso e o preço da infraestrutura de escoamento, tratamento e transporte do gás operado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A centralização visa reduzir o custo do gás para a indústria nacional, beneficiando especialmente os setores de fertilizantes e siderurgia.

Com essa MP, o governo busca equilibrar os custos do setor elétrico, manter a sustentabilidade da matriz energética brasileira e evitar repasses bilionários aos consumidores, protegendo principalmente os usuários de baixa renda e os pequenos negócios.

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