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Governo certifica e apoia financeiramente Patrimônio Vivo do Piauí

Os grupos passarão a contar com um auxílio financeiro vitalício e mensal do Estado como compromisso de manter viva as tradições da cultura piauiense.

Em solenidade alusiva ao Dia Nacional da Cultura, o governador Wellington Dias entregou, nesta sexta-feira (05), certificados do Registro no Patrimônio Vivo do Estado do Piauí. O Governo Estadual irá reconhecer, certificar e apoiar financeiramente os mestres e grupos folclóricos piauienses.

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Os grupos passarão a contar com um auxílio financeiro vitalício e mensal do Estado como compromisso de manter viva as tradições da cultura piauiense. O Governo Estadual irá beneficiar, este ano, 30 mestres ou grupos da cultura popular.

Para o governador Wellington Dias, o dia de hoje é um marco para a história e cultura piauiense. “O Piauí é muito rico nesta área cultural. É na música, nas letras, na poesia, na cultura. É rico com a capacidade criativa, com um elo da nossa cultura com o boi, é assim com os nossos povos da origem, da terra dos sanfoneiros, da dança, em todas as áreas. E aqui esse elo das nossas origens com os indígenas, com os afrodescendentes, com os europeus e com certeza de que nesse momento que trazemos para o reconhecimento como patrimônio 30 mestres e mais grupos culturais e com compromisso em lei para a cada ano, escolher três novos mestres de todos os territórios do Piauí vai fazer uma diferença muito grande para que a gente possa, com isso, garantir não só a valorização, mas principalmente a multiplicação, o orgulho, o elo, a ligação da atual geração com outras geração”, declarou.
Em fevereiro deste ano, o Governo do Estado regulamentou, por meio de decreto, a Lei do Patrimônio Vivo do

Estado do Piauí (nº 5.816/2008), para que mestres e grupos que atuam em ofícios tradicionais piauienses reconhecidos no Brasil e no mundo – tais como arte santeira, renda de bilro – ou manifestações culturais ligadas à dança, música e literatura de cordel possam receber aporte financeiro para transmitir seus conhecimentos e experiências e, assim, perpetuar estes ofícios, ajudando a manter viva essa importante tradição para nossa cultura.

“Hoje é um dia muito simbólico. Por se tratar do Dia Nacional da Cultura, trabalhamos com muito carinho para que, efetivamente, hoje pudéssemos começar a reconhecer quem faz a cultura do Piauí. Pela primeira vez, reunimos a piauiensidade aqui no Palácio de Karnak para dizer que o Governo reconhece esses mestres e nossos grupos folclóricos”, disse Fábio Novo, secretário da Cultura.

30 iniciativas contempladas

Os mestres e grupos beneficiados com o auxílio financeiro se inscreveram, por meio de edital lançado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e foram selecionados por uma comissão composta por cinco membros de notório saber cultural. São 30 iniciativas contempladas inicialmente e, a partir de 2022, a cada ano, serão selecionados três projetos até completar as 60 iniciativas que a lei permite beneficiar.

“A Lei de 2008, que é da ex-deputada Flora Isabel, foi regulamentada, abrimos um edital público para que o Estado conheça quem são os mestres e grupos folclóricos. Eles se inscreveram, foram 90 inscrições, o Conselho Estadual de Cultura analisou toda a documentação e, a partir de hoje, vamos começar a reconhecer esses mestres da cultura popular. Eles passam a receber uma ajuda mensal para pessoas físicas no valor de R$ 600 e para grupos no valor de R$1500. E na contrapartida, eles têm o compromisso de manter viva essa tradição, de difundir quando for chamado pelo estado para dar palestra, visitar escolas, etc. Esse auxílio é vitalício, observe que há pessoas com 70 e até 100 anos de idade e não queremos que esse saber cultural se perca”, completou Fábio Novo.

O Grupo de Capoeira Escravos Brancos, de Teresina, foi um dos contemplados com o auxílio. O mestre Albino recebeu o certificado em nome do grupo. Ele afirmou que o incentivo veio em boa hora e ajudará no trabalho executado nas aulas de capoeira.

“No nosso trabalho, usamos a capoeira como instrumento de formação física, moral e intelectual, dando esclarecimento aos alunos sobre a nossa história. A capoeira está sendo usada para tirar as crianças da ociosidade e evitar que cheguem a um estágio de marginalidade e o auxílio será um complemento para continuarmos nosso trabalho, um incentivo, porque fazemos um trabalho social gratuito e vamos continuar. Esse incentivo veio em boa hora, haja vista que já tenho 71 anos”, disse o mestre.

FONTE: SECOM PI

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