O prefeito José Sarto debateu o tema “Mobilidade Urbana e Metas Globais – Fortaleza no caminho certo”
O prefeito de Fortaleza, José Sarto, participou, na manhã desta quinta-feira (20/05), do evento virtual “Summit Mobilidade Urbana 2021”. A iniciativa, articulada pelo Estadão, tem o objetivo de promover, anualmente, amplas e pertinentes discussões acerca da temática. Ao compor a programação do dia, o gestor debateu o tema “Mobilidade Urbana e Metas Globais – Fortaleza no caminho certo”.
Baseado nos pilares da sustentabilidade, Sarto compartilhou as mais recentes experiências da Capital para a promoção da harmonia entre todos os modais de deslocamento. Com mais de 2,6 milhões de habitantes, Fortaleza tem vivenciado importantes políticas de mobilidade, fortalecidas pela proteção ao pedestre e ao ciclista.
“Toda a estrutura de mobilidade da Cidade, ao longo dos últimos anos, vem sendo transformada por meio da implantação de binários, de faixas exclusivas para o transporte público, de áreas de trânsito calmo e do incentivo ao uso da bicicleta. Há oito anos, tínhamos cerca de 68 km de estrutura cicloviária. Hoje, estamos perto de alcançar os 400 km e, até 2024, temos a meta de chegar aos 500 km”, detalhou.
De acordo com o gestor, durante a pandemia, a expansão da malha cicloviária de Fortaleza superou a de cidades como Paris. “De 2020 até aqui, houve um expressivo aumento do uso desse modal. Nesse sentido, a capital do Ceará implantou 78,2 km de ciclofaixas, enquanto a capital da França estabeleceu 50 km“, comparou.
Ao compartilhar a sua experiência como médico, Sarto elencou os benefícios intersetoriais alcançados pelo ciclismo. “Além de estimular a saúde e de combater o sedentarismo, a bicicleta é um transporte econômico e sustentável. Para democratizar o acesso, Fortaleza conta, hoje, com quase 200 estações de bicicletas compartilhadas, distribuídas pela Cidade, e quase 900 paraciclos”, afirmou.
Em virtude do planejamento iniciado na gestão do ex-prefeito Roberto Cláudio, o Município reduziu, na última década, quase 52% do número de mortes por 100 mil habitantes ocasionadas por acidentes de trânsito, cumprindo a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na última quarta-feira (19/05), a Prefeitura reafirmou o engajamento diante da causa por meio da assinatura de nova carta compromisso.
“Políticas voltadas à segurança viária, quando amparadas por critérios científicos, tornam-se políticas de saúde pública. Portanto, renovamos a nossa pactuação com a ONU para prosseguir, ao longo desta década, alcançando metas importantes. Para continuar preservando vidas, estamos ampliando as áreas de trânsito calmo e reduzindo a velocidade de vias estratégicas de Fortaleza. Ao reduzir a velocidade máxima em 10 km/h, aumenta-se, em até dez vezes, a chance de sobrevivência em caso de acidente no trânsito”, informou.
Nessa perspectiva, o Centro de Fortaleza passará por expressivas alterações visando à segurança do pedestre. “Iremos fomentar rotas alternativas para evitar congestionamentos nesta área da Cidade, além de reduzir a velocidade máxima permitida em todo o entorno. Uma Fortaleza mais inclusiva passa por um trânsito mais seguro para todos”, considerou.
A iniciativa, divulgada na última quarta-feira, associada ao videomonitoramento de todas as Regionais, fortalecerá, além da segurança viária, as ações integradas de segurança pública. “Entregamos, esta semana, a Central da Mobilidade para a Preservação de Vidas no Trânsito, que, ao integrar 600 câmeras, reúne esforços inteligentes de órgãos municipais e estaduais”, ressaltou.
No entanto, dentre os principais desafios ainda enfrentados na esfera municipal, destaca-se o expressivo número de acidentes envolvendo motociclistas. De acordo com o último Relatório Anual de Segurança Viária, o perfil de vítima no trânsito de Fortaleza é composto, prioritariamente, por motociclista, homem, na faixa etária de 30 a 59 anos.
Durante o evento, a superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Juliana Coelho, defendeu a constante execução de campanhas de conscientização para a melhoria dos indicadores. “Além da fiscalização, precisamos estimular, cada vez mais, as mudanças de comportamento, pois elas são, sim, capazes de salvar vidas. No âmbito da mobilidade, o poder público tem atuado e continuará atuando em parceria com a sociedade civil para que todas essas políticas sejam contínuas e permanentes, não apenas pontuais”, declarou.
Indicadores
Por fim, Sarto mencionou as alterações observadas no ranking das principais causas de mortalidade em Fortaleza. “Em 2014, os acidentes no trânsito eram a quinta causa de mortalidade. Em 2020, esses indicadores saltaram para o 16º lugar. Essa é uma conquista fantástica porque reflete em vidas preservadas”, destacou.
Conforme a superintendente da AMC, o intercâmbio de experiências exitosas estimula a transformação de diversos territórios nacionais e internacionais. “É muito enriquecedor compartilhar ações positivas e, ao mesmo tempo, incentivar outras cidades a se espelhar em boas práticas para transformar positivamente o cenário da mobilidade no Brasil”, finalizou.
FONTE: IMPRENSA PMF