Em meio às medidas de distanciamento que limitaram o funcionamento das lojas físicas, o e-commerce brasileiro cresceu 68%, faturando bilhões durante a pandemia. Categorias como alimentação, moda e limpeza se destacam entre as preferidas dos consumidores. Compras feitas por meio de dispositivos móveis, como celulares, são maioria
Dados coletados por estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostram que o e-commerce teve um grande impulso durante 2020, com mais de 20 milhões de brasileiros realizando a sua primeira compra em lojas on-line durante o ano passado.
No total, o setor cresceu 68%, alcançando um faturamento de R$ 126,3 bilhões com um total de 300 milhões de pedidos realizados. Ainda que o e-commerce tenha demonstrado grande potencial para expansão na última década, o ano de 2020 superou até mesmo as mais otimistas expectativas, segundo especialistas do mercado.
Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm, explica, ainda, como a pandemia pode ter impulsionado o crescimento do setor: “O comércio eletrônico vem crescendo no Brasil nos últimos 10, 15 anos, independentemente de governo ou crise; mas os números de 2020 são bastante expressivos, e mostram o papel importante que o e-commerce teve para o distanciamento social”.
Estudo promovido pela Go2Mob mostra quais são as categorias mais populares no comércio eletrônico. Alimentos lideram com 41% das compras totais, seguidos por medicamentos, produtos de limpeza, higiene e roupas, todos com 23%. Enquanto isso, eletrônicos foram responsáveis por 14% das transações, cosméticos, por 12%, celulares, 10%, e eletrodomésticos, 9%. Dados também apontam que celulares foram as plataformas mais utilizadas nas compras, respondendo por 82% das transações, enquanto computadores, apenas 25%.
A pesquisa da empresa especializada em marketing para dispositivos móveis mostra que a tendência para os próximos meses é de que o setor de roupas cresça 45%, o de móveis, 21%, e o de celulares, 17%. No total, foram ouvidas 79.735 pessoas.
OFERTA E DEMANDA: O AUMENTO DA ABERTURA DE LOJAS ON-LINE DURANTE A PANDEMIA
Ainda segundo dados da ABComm, houve um aumento médio de 400% no número de novos e-commerces no Brasil durante o período da pandemia. Além disso, números indicam que mais de 100 mil lojas adotaram o e-commerce como maneira de impulsionar suas vendas, sobretudo no ramo da moda, alimentos e serviços.
O setor de moda, por exemplo, cresceu 18,38%, figurando como uma das seis categorias de produtos com maior crescimento durante o período analisado. Esse momento surgiu como oportunidade também para que lojas de nicho ganhassem mais espaço, como é o caso da Cueca Store.
“Embora a maioria das compras de roupas íntimas masculinas seja feita por mulheres, existe um grande número de homens que também compra. E, para eles, as lojas virtuais segmentadas eram praticamente inexistentes”, explica Leandro Cosas Guandelini, CEO da loja de cuecas.
Clientes, outrora acostumados com lojas voltadas apenas para o público feminino, também parecem adotar a ideia. Muitos deles afirmam que, comprando cuecas pela internet, podem contar com mais privacidade e tranquilidade na hora de escolher os modelos. Além disso,os clientes da Cueca Store também destacam que uma loja de cueca on-line também os ajudam a economizar tempo e dinheiro.
FONTE: UNIVERSO DE NEGOCÍOS