Centrado na formação de profissionais de inovação, o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec) promoveu uma palestra voltada à educação e prospecção de oportunidades de foco empreendedor. A conversa, intitulada “Negócios de base científica: Como transformar ciência e alta tecnologia em inovações e soluções para o mercado”, foi conduzida pela doutora em Ciências Linda Bernardes. O encontro foi realizado por videoconferência na última quarta-feira (1º), através da plataforma Zoom, e propôs direcionamentos sobre empreendedorismo científico.
Entre os assuntos pautados, estiveram as características comuns que os diferentes ambientes de inovação compartilham, tais como planejamento estratégico, gestão de espaços físicos e serviços de apoio para startups. Outras intercessões identificadas foram networking e conexões internacionais, assim como a articulação de ações de marketing e comunicação. Como exemplo, foram citados os parques tecnológicos espalhados pelo Brasil e pelo mundo, com destaque para o Vale do Silício.
Apontando, ainda, desafios a serem superados no contexto brasileiro, a palestrante apresentou dados do Índice Global de Inovação (IGI). Neste ranking, o Brasil aparece apenas na 62º posição, sendo o quarto colocado na América Latina. No Ranking de Competitividade, o país aparece na 56° posição, sendo um dos menos competitivos do mundo. Em contraponto, o país aparece em 14° lugar em produção científica.
“Isso significa que a gente publica muito, mas não aplicamos tudo o que desenvolvemos como ciência. Por isso, destacamos a importância de formar gestores e espaços que estimulem o tema do empreendedorismo e da inovação, que ainda é pouco discutido dentro das instituições de ciência e tecnologia e também dentro das empresas”, afirmou Linda Bernardes.
SergipeTec
Segundo o gestor de Inovação do SergipeTec, Marcelo Dósea, iniciativas de formação e discussão como a palestra ministrada por Linda Bernardes colaboram para a superação dos desafios mencionados. Para ele, o debate proposto reforça as premissas de trabalho do Parque Tecnológico, que em sua nova administração vem focando as áreas de saúde, agronegócio, energias e finanças como pilares de sua visão estratégica.
“O SergipeTec está trabalhando em conjunto com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e com a Universidade Tiradentes (Unit), visando transformar o conhecimento produzido nessas instituições em novos negócios. Estamos pegando informações de projetos, dissertações de mestrado e teses de doutorado e revertendo isso para a criação de startups, dando esse retorno à sociedade por meio de investimentos que no futuro possam beneficiá-la”, finalizou Marcelo Dósea.
“Nossa instituição quer implementar um novo processo disruptivo de inovação, alavancado em parcerias estratégicas com a academia e grandes empresas, e ser uma das maiores instituições no fomento de novas startups no nosso estado”, acrescentou o diretor-presidente do SergipeTec, Eduardo Prado.
fonte: SECOM SE