Copaf investe em assistência técnica e crédito do Pronaf para qualificar os produtos
Com uma produção mensal de 16 mil dúzias de ovos caipiras, os produtores da Cooperativa de Avicultura e Agricultura Familiar (Copaf) passaram a abastecer mercados privados na Paraíba e em Pernambuco. Situados no Território da Borborema, em cidades como Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça e Alagoa Nova, os criadores utilizam técnicas de manejo que priorizam o habitat natural, com uso de ração vegetal e mineral. Como resultado do controle de qualidade, a Copaf recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF) e planeja ampliar a produção.
Parte dos cooperados é cliente do Banco do Nordeste e utiliza as linhas do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), em créditos de até R$ 20 mil para custeio e investimentos. A produção é levada a cidades como João Pessoa, Campina Grande e Patos, além de atender Recife e cidades da região metropolitana, como Olinda e Paulista.
A produtora e diretora administrativa da Copaf, Kaelinne Carvalho, explica que os criadores continuam lidando com os desafios da pandemia de covid-19. “Tivemos de buscar alternativas para manter uma parte da produção, garantindo a qualidade do produto. A busca pela assistência técnica foi um ponto fundamental”, destaca.
Recentemente, a Copaf participou de uma live promovida pelo Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do Banco do Nordeste para tratar da produção de aves caipiras e compartilhar as experiências de manejo dos 180 cooperados. Estados como Bahia, Rio Grande do Norte e Maranhão, que também desenvolvem cadeias produtivas da avicultura caipira, acompanharam o exemplo dos produtores paraibanos.
A agente de desenvolvimento do BNB, Patrícia Neves, atua na mobilização da atividade na Borborema. Ela explica que além da Copaf, outras duas cooperativas são acompanhadas para a estruturação no território. As cooperativas trabalham integradas ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a comercialização de seus produtos.
“A Copaf é um exemplo por estar buscando o mercado privado, além do comércio institucional. No momento, é a única que adquiriu o SIF e isso é bom porque aumenta as possibilidades de comercialização. E hoje, mesmo com a pandemia eles estão buscando outros mercados fora da Paraíba”, ressalta Patrícia Neves.
Por meio do Prodeter, o Banco do Nordeste atua com outras instituições para estruturar potenciais cadeias produtivas, a exemplo da avicultura caipira do território da Borborema. Representantes da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba (Senar-PB) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PB) participam do comitê gestor do Plano de Ação Territorial (PAT) da Borborema, e propõem ações vinculadas a insumos, produção, beneficiamento, comercialização, infraestrutura, financiamento e associativismo.
FONTE: ASSESSORIA BNB