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Conheça a história do nordestino que decidiu cursar medicina após seu filho ser diagnosticado com hemofilia

A garra do povo nordestino é ímpar. São milhares de histórias que lemos, assistimos ou simplesmente vivenciamos no nosso cotidiano que mostra muito do que o nosso povo é capaz. Não se entregar, lutar por mais dignidade e até mesmo tentar mudar os rumos da medicina podem ser vistos por aqui. A prova disso é o que ocorre com o professor de inglês e enfermeiro Fábio Teixeira. Ele simplesmente decidiu estudar medicina após o filho ser diagnosticado com hemofilia e ele perceber a falta d médicos especializados na área.

Fábio Teixeira tem 41 anos e descobriu que Bernardo, hoje com sete anos, tinha hemofilia logo que ele nasceu, pois a mãe já tinha casos na família. Ele começou a pesquisar sobre o assunto e se interessou pela área de hematologia, que é a especialidade médica que estuda as doenças do sangue.

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Com o passar do estudo, ele se preparou para fazer o Enem e conseguiu uma vaga em

Fábio hoje cursa o 8º semestre de medicina na UFPI.

Medicina em 2018. Atualmente ele está no 8º semestre do curso e pretende fazer residência em hematologia. Ele diz que os médicos que cuidam do seu filho também são seus professores na universidade.

Fábio confirma o principal motivo para decidir cursar medicina é a falta de médicos especializados no assunto. A hemofilia é uma doença rara que atrapalha a coagulação sanguínea e pode levar a hemorragias caso não seja controlada.

Bernardo faz tratamento regularmente e pode levar uma vida normal, com algumas restrições. Ele pode praticar atividades físicas, mas deve evitar as que podem provocar ferimentos, como andar de bicicleta e brincar no pula-pula.

A tabela abaixo resume o que é a hemofilia, quais os sintomas, como é feito o diagnóstico e tratamento da doença.

InformaçãoHemofilia AHemofilia B
DefiniçãoDoença genética e hereditária que causa sangramentos prolongados devido à deficiência do fator VIII de coagulaçãoDoença genética e hereditária que causa sangramentos prolongados devido à deficiência do fator IX de coagulação
PrevalênciaCerca de 80% dos casos de hemofilia. Acomete 1 a cada 5 mil a 10 mil homens nascidos.Cerca de 20% dos casos de hemofilia. Acomete 1 a cada 30 mil a 40 mil homens nascidos.
SintomasSangramentos dentro dos tecidos (p. ex., hemartrose, hematomas musculares, hemorragia retroperitoneal). Sangramentos espontâneos ou após pequenos traumas (p. ex., na gengiva, no nariz, na urina ou nas fezes). Ferimentos que demoram muito para cicatrizar. Menstruação excessiva e prolongada (em mulheres portadoras).Os mesmos da hemofilia A.
DiagnósticoSuspeita-se em pacientes com tempo de tromboplastina parcial (PTT) elevado e tempo de protrombina (TP) e contagem de plaquetas normais. Confirma-se por ensaios específicos para o fator VIII.Suspeita-se em pacientes com tempo de tromboplastina parcial (PTT) elevado e tempo de protrombina (TP) e contagem de plaquetas normais. Confirma-se por ensaios específicos para o fator IX.
TratamentoReposição do fator VIII deficiente, se houver suspeita, confirmação ou probabilidade de sangramento agudo (p. ex., antes da cirurgia). Prevenção de complicações articulares e musculares com fisioterapia e exercícios físicos adequados. Educação e orientação dos pacientes e familiares sobre a doença.Reposição do fator IX deficiente, se houver suspeita, confirmação ou probabilidade de sangramento agudo (p. ex., antes da cirurgia). Prevenção de complicações articulares e musculares com fisioterapia e exercícios físicos adequados. Educação e orientação dos pacientes e familiares sobre a doença.

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