Ele também dá detalhes sobre os investimentos feitos na unidade produtora que abrigará a planta
Pagrisa abrigará a 1ª planta de etanol de milho da região Norte/Nordeste
A Pagrisa, única produtora de açúcar cristal e etanol do Pará, resulta de um empreendimento bem sucedido no município de Ulianópolis. Agora, os profissionais da unidade estão debruçados para inovar mais uma vez e concluir a construção da 1ª planta de etanol de milho da região Norte/Nordeste, que deve ser inaugurada em dezembro de 2022 e será anexa à unidade produtora.
Nesse momento, devido aos bons preços do milho, a inauguração — em dezembro deste ano — foi estrategicamente postergada para o mesmo período do ano que vem. O lucro da venda do cereal produzido pela companhia será reinvestido em tecnologias que permitirão que a planta seja mais eficiente.
Marcos Zancaner, presidente e CEO da Pagrisa
Quem conta os detalhes é o presidente e CEO da Pagrisa, Marcos Zancaner. “Na primeira safra a planta de etanol de milho produzirá 9 milhões de litros, processando 420 mil sacas de milho (60kg), o que equivale a 300 toneladas de milho por dia”.
Zancaner complementa que o objetivo é processar até em 2029, cerca de 1500 toneladas/dia. “Temos um planejamento plurianual. Começaremos com 300 toneladas/dia, até para ganharmos mais experiência. Em um segundo momento ampliaremos para 500 até chegarmos às 1500 toneladas, que resultará em 56 milhões de litros de etanol de milho”, calcula Zancaner.
O executivo informa que a companhia pretende cultivar pelo menos metade do milho que será processado. “Queremos cultivar 50% da matéria-prima e comprar o restante. Para isso utilizaremos cerca de 8,5 mil hectares”. O etanol produzido será comercializado somente no mercado doméstico do Pará, que terá com isso uma boa redução de custos, uma vez que o etanol utilizado ali é importado, principalmente, do Maranhão e do Tocantins.
Pagrisa investe na indústria e na agrícola para ampliar produção
Zancaner também informa que a unidade produtora recebeu investimentos para ampliar a produção e produtividade. A área agrícola, por exemplo, que conta com aproximadamente 16 mil hectares de cana-de-açúcar plantada, receberá uma distribuição de tubulações de fibra de vidro que permitirá utilizar 100% da vinhaça como insumo para adubação. “Com isso ficaremos autossuficientes em relação a água e a vinhaça”, complementa o presidente da Pagrisa, que tem canavial 100% georeferenciado, com plantio e colheita 100% mecanizado.
Ele também conta que a usina utiliza no campo tanto irrigação plena, quanto irrigação de salvamento e todos esses equipamentos são operados com a energia produzida na usina/ Essa é outra área que recebeu investimentos para essa safra.
“Hoje nós cogeramos aproximadamente 10MW/h de energia elétrica, e já nesta safra ampliaremos para mais 10 MWh. Com isso, teremos um residual de cerca de 3MW/h de energia para vender para a rede pública”, revela Zancaner.
O executivo estima que nesta safra a Pagrisa deve esmagar cerca de 1,3 milhão de toneladas, produzindo 55 milhões de litros de etanol e 1375 mil sacas (50kg) de açúcar cristal.
CEOs falam sobre competitividade e sustentabilidade das usinas na Região Norte/Nordeste
Zancaner foi um dos CEOs que contou suas estratégias para manter a competitividade e a sustentabilidade da Pagrisa apesar dos desafios da safra. Ele foi um dos participantes do 4º CEO MEETING, que teve o tema A Competitividade e a Sustentabilidade das Usinas na Região Norte/Nordeste.
FONTE: JORNAL DA CANA