Brasil avança com proibição de testes em animais para cosméticos

Cães e gatos estão entre os animais domésticos que terão carteira de identidade.
A indústria é um dos setores que mais cresce no Nordeste.
A nova lei fará com que a indústria de cosméticos se adeque.

Nesta última quarta-feira (9), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de animais vertebrados vivos em testes para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A medida, que agora segue para sanção presidencial, representa um avanço significativo tanto na ética quanto na ciência. Desse modo, incentiva métodos alternativos mais modernos e eficazes.

O que muda com a nova Lei?

O projeto altera a Lei 11.794/08, que regulamenta o uso de animais em pesquisas científicas. A partir da publicação das novas regras:

✅ Testes em animais não poderão mais ocorrer para comprovar segurança ou eficácia de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
✅ Dados obtidos com testes em animais não serão válidos para autorizar a comercialização desses produtos.
✅ Exceções só serão permitidas se os testes forem exigidos por regulamentações não relacionadas a cosméticos (como requisitos de saúde pública).
✅ Empresas que usarem dados de testes em animais (em casos excepcionais) não poderão alegar no rótulo que o produto é “livre de crueldade” ou “não testado em animais”.

Métodos alternativos ganham espaço

O relator do projeto, deputado Ruy Carneiro (Pode-PB), destacou que a experimentação animal não só levanta questões éticas, mas também está se tornando obsoleta frente a novas tecnologias:

“Métodos substitutivos ao uso de animais – como modelos computacionais, bioimpressão 3D de tecidos, organóides e culturas celulares – vêm se consolidando como ferramentas confiáveis, éticas e muitas vezes mais eficazes.”

Essas alternativas já existem em diversos países e oferecem resultados mais precisos, reduzindo a dependência de testes em seres vivos.

Impacto da nova legislação nos testes de cosméticos

Aspecto Antes da Lei Depois da Lei
Testes em animais permitidos Sim Não (com exceções)
Uso de dados antigos Válidos Válidos apenas se anteriores à lei
Rotulagem “cruelty-free” Sem restrição Proibida se houver testes em animais (mesmo em exceções)
Métodos alternativos Opcionais Incentivados como substitutos

E agora?

Produtos que já tiveram testes em animais antes da vigência da lei ainda poderão estar no comércio. Contudo, a indústria terá que se adaptar rapidamente aos novos métodos. Para os consumidores, a mudança é uma vitória. Dessa forma, garante que os produtos de beleza e higiene tenham desenvolvimento com mais responsabilidade e inovação.

Assim, o Brasil se junta a um movimento global que já proíbe testes em animais para cosméticos, como a União Europeia, Reino Unido, Índia e vários outros países. Agora, aguardamos a sanção presidencial para que essa importante conquista se torne realidade.

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