As empresas do setor de agronegócio localizadas no Oeste da Bahia devem receber um total de mais de R$ 2,9 bilhões em crédito do Banco do Nordeste (BNB) este ano. Essa meta representa um aumento de 25,7% em relação aos financiamentos concedidos no ano passado e foi anunciada pelo presidente da instituição, Paulo Câmara, durante um encontro com empresários do Cerrado Baiano em Fortaleza, na segunda-feira, dia 26.
Além de apoiar a agricultura, com destaque para as atividades de pecuária e cultivo de soja, algodão e milho, o banco pretende incentivar projetos de sustentabilidade, conectividade no campo e aumento da capacidade de armazenamento. “Esses são pontos importantes, pois a tecnologia auxilia no aumento da produtividade e garante mais qualidade em toda a cadeia. Além disso, sem um local adequado para armazenar a produção, o produtor fica pressionado a vender apressadamente, o que pode resultar em desvantagens. Atualmente, estima-se que o armazenamento no Brasil cubra apenas 50% da produção”, explica o presidente do Banco do Nordeste.
Paulo Câmara destaca que o BNB tem apoiado o crescimento dos negócios no Cerrado Baiano por meio de uma maior oferta de crédito. Nos últimos cinco anos, os financiamentos na região aumentaram em 172%. “O agronegócio no Cerrado Baiano é um dos setores que mais prosperam e geram impacto social e econômico no Brasil. Os recursos do Banco do Nordeste destinados ao agronegócio no ano passado contribuíram para a geração ou manutenção de cerca de 90 mil empregos e aumentaram a massa salarial em R$ 370 milhões apenas nessa região”, afirma.
O presidente do BNB menciona dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), que analisa os efeitos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) na economia. Segundo o levantamento, o Oeste da Bahia também registrou um aumento de R$ 136,4 milhões na arrecadação tributária, R$ 2,8 bilhões no valor bruto da produção e R$ 1,8 bilhão no valor adicionado à economia.
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“Estamos muito satisfeitos com tudo o que vimos aqui. O agronegócio no Cerrado Baiano é forte, diferenciado e está crescendo rapidamente, mas ainda há uma grande demanda. Precisamos de energia solar, irrigação e investimentos em silos para armazenar nossos produtos, e o BNB é um grande parceiro do agronegócio”, declarou o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacir Ranzi.
Durante a reunião, o presidente Paulo Câmara foi convidado a participar do Dia do Algodão, que ocorrerá em 15 de julho em Correntina (BA). O evento de 2023 espera receber cerca.
REDAÇÃO com Assessoria