Banco do Nordeste aplicou mais de R$ 25 bilhões em energia renovável em quatro anos
Os projetos de energia renovável na área de atuação do Banco do Nordeste (BNB) já receberam mais de R$ 25 bilhões, nos últimos quatro anos. Os valores correspondem a todas as operações de crédito para matrizes eólicas e solares de todos os portes de clientes. Somente em 2022, o BNB contratou R$ 5,9 bilhões. Os dados são da Área de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco.
Segundo o presidente do BNB, José Gomes da Costa, o apoio por meio do crédito é um impulso importante para transformação da matriz energética no Brasil. “Nós atuamos para oferecer estrutura de atração a novos negócios ao mesmo tempo que contribuímos para o País, principalmente em nossa área de atuação, ter uma geração de energia mais limpa. E fazemos isso olhando todo o sistema. Do pequeno gerador para consumo próprio com placas solares em casa até os grandes projetos de usinas solares e eólicas”, afirma.
Ceará
As operações realizadas pelo BNB em energia renovável no Ceará somaram R$ 3,6 bilhões, nos últimos quatro anos. Somente em 2022, foram contratados R$ 1,7 bilhão, quase o dobro dos valores contratados três anos antes.
Crédito para energia solar cresce mais de 300%
Um dos destaques nas operações de crédito para energia no Banco do Nordeste é a matriz solar. Segundo dados da Área de Políticas de Desenvolvimento Sustentável, da Instituição, as contratações globais para esse segmento, considerando todos os tipos de operações, vêm crescendo de forma substancial nos últimos quatro anos. Os valores passaram de R$ 948 milhões em 2019 para R$ 3,8 bilhões em 2022, alta de 304%.
No acumulado, os investimentos totais em energia solar, nos últimos quatro anos, na área de atuação do BNB, é de R$ 9,8 bilhões.
Para o economista chefe do BNB, Luiz Alberto Esteves, o setor energético reflete a mudança nas políticas públicas de desenvolvimento da região do Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
“Você tem, historicamente, uma região que conviveu com a discussão dos recursos escassos que era, basicamente, a água. Quase toda política pública era voltada para isso. Agora, os investimentos são para geração de valor. São, por exemplo, para energias renováveis já consolidadas e está vindo aí o hidrogênio verde. E os impactos não são apenas diretos. A gente tem os investimentos indiretos, porque esses projetos demandam serviços de apoio nos estados onde estão e fora deles”, afirma Luiz Esteves.