Música autoral traz mistura de ritmos, símbolos e memórias da cultura do interior da Bahia
Um mantra dos emocionados assumidos, envolvido na mistura rítmica dançante e enérgica do côco, carimbó e embolada, é assim que a cantora e compositora baiana Julinha define “Besta pra Rir”, seu primeiro single da carreira solo. A música já está disponível em todas as plataformas digitais e o clipe acaba de ser lançado ( https://www.youtube.com/watch?v=jQzshTl65lo) com inspiração nas memórias imateriais de sua terra natal, Riachão do Jacuípe (BA). A música tem produção assinada por Paulo Mutti e Jalmy, através do Selo Benzza Music, com distribuição da Tratore. Mais informações podem ser acompanhadas pelo instagram @julinhacarvalho.
Em seu trabalho de estreia, Julinha traz referências da cultura viva da infância/adolescência em Riachão do Jacuípe, entre o aboio vaqueiro, o samba de roda e as quadrilhas de São João, a contação de histórias e as ladainhas das trezenas de Santo Antônio. A letra escrita há 5 anos também revela um pouco de sua personalidade. “As emoções sempre mexeram muito comigo, desde criança eu escutava ‘oh menina besta pra rir’, ao mesmo tempo de ‘essa menina é uma manteiga’. Por algum tempo achei que isso poderia ser uma fraqueza e essa música veio no momento que entendi essa minha sensibilidade como um talento”, conta a artista. Sobre as influências na cultura popular brasileira ela destaca “é como eu gosto de me expressar: ritmo dançante, letra cativante e presença forte”.
O clipe, disponível no canal do youtube (https://youtu.be/jQzshTl65lo), conta com produção de inspiração rural e revela traços da sua personalidade e dos costumes presentes no interior baiano. Com roteiro escrito por Camila Ribeiro, o vídeo foi executado pela Marias Produtora e gravado na Fazenda Realeza, onde nasceu sua mãe, na zona rural de Riachão. Neste espaço, a artista repassa suas vivências ao lado da família, que participa do clipe.
Em sua trajetória Julinha já participou como backing vocal do grupo de Samba Junino “Samba do Vai Kem Ké”, com o Maestro Augusto Conceição à frente da banda, fez diversos shows em Salvador e cidades do interior, além de participação na SIM São Paulo de 2019, com show case na Casa Barbosa, junto à “Noite Bahia”. Como primeira formação também atua enquanto publicitária na criação de jingles que circulam por todo território baiano.
Com esse tino e compasso sempre acentuado, a artista tem aprofundado sua relação com a música no Bacharelado em Música Popular da Universidade Federal da Bahia, estabelecendo trocas musicais não apenas acerca de seu instrumento de entrada que é sua voz, mas também se aproximando cada vez mais da execução de outros, como instrumentos percussivos, cordas (cavaquinho, banjo, violão), teclado, sanfona e rabeca.
Agora em sua fase solo, seu estilo fica evidente não apenas pelas composições próprias carregadas de memórias imateriais de um lugar, como também por ceder espaço ao diferente e ao novo. Aprendeu a admirar dos mais canônicos da música popular brasileira, aos cantores anônimos de bares, músicas dançantes e “bregas”. Sua musicalidade absorve pitadas do côco, do samba duro, e da lambada. Suas letras falam das personas, maneiras e signos incrustados e redesenhados em sua memória. Julinha nos apresenta agora o resultado de uma escuta decantada, com versos marcantes e sonoridade contagiante.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
SERVIÇO:
Single e clipe “Besta pra rir” de Julinha
Nas principais plataformas de streaming
Acompanhe em: @julinhacarvalho.
Clipe: https://youtu.be/jQzshTl65lo