O Nordeste brasileiro continua a se destacar no cenário energético nacional, apresentando o segundo maior índice de Energia Armazenada (EAR) entre os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse resultado é, em grande parte, impulsionado pelos reservatórios da Bacia do Rio São Francisco, considerados estratégicos para o fornecimento de energia na região e em todo o país.
Bacia do São Francisco
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Bacia do São Francisco, que ocupa cerca de 8% do território brasileiro e se estende por mais de 2.800 km, desde Minas Gerais até sua foz na divisa de Alagoas e Sergipe, tem sido essencial para garantir a segurança energética do país.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), através da Superintendência de Políticas Energéticas, mantém o monitoramento constante do cenário e trabalha na atração de novos investimentos para o setor.
A Secretária de Estado do Desenvolvimento, Alice Beltrão, ressalta que Alagoas adota um modelo de desenvolvimento socioeconômico e energético que une eficiência e sustentabilidade. “Estamos aumentando os investimentos e fortalecendo parcerias para garantir uma transição energética sustentável, assegurando a preservação dos nossos recursos naturais e promovendo a descarbonização da matriz energética”, declarou.
Bruno Macêdo, superintendente de Políticas Energéticas da Sedics, explica que as políticas energéticas do estado têm sido fundamentais para seu destaque no uso de fontes limpas e renováveis. “A nossa matriz energética é composta por 82% de fontes renováveis, conforme aponta o Balanço Energético de Alagoas (BEAL), disponível gratuitamente no site da Sedics e na plataforma Alagoas Digital. Esse compromisso com o desenvolvimento sustentável atrai novos investimentos para o setor”, afirmou.
O SIN, responsável por conectar os subsistemas Norte, Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste, otimiza o uso dos recursos energéticos e garante maior estabilidade no fornecimento de eletricidade. O sistema é coordenado e planejado pelo ONS desde 1998, sob regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Em Alagoas, o monitoramento é feito por meio do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR), da Agência Nacional de Águas (ANA), que acompanha 22 reservatórios. Dos monitorados, 19 operam com mais de 80% da capacidade, dois apresentam níveis entre 60% e 80%, e um entre 20% e 40%. Nenhum está abaixo de 20%.
Confira abaixo os dados atuais dos reservatórios em Alagoas:
Capacidade dos Reservatórios | Quantidade |
---|---|
Acima de 80% | 19 |
Entre 60% e 80% | 2 |
Entre 20% e 40% | 1 |
Abaixo de 20% | 0 |
O cenário positivo da Bacia do São Francisco e o compromisso de Alagoas com políticas energéticas sustentáveis posicionam o estado como referência na transição para uma matriz energética mais limpa e segura no Brasil.
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